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A Baixada Santista e o Vale do Ribeira vão definir um plano diretor de saúde com metas a serem cumpridas em 4, 8 e 12 anos. A iniciativa foi definida em reunião com os prefeitos da região e o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em Brasília. O encontro foi organizado pelo deputado federal Beto Mansur. A deputada federal Maria Lúcia Prandi também participou da reunião.
“Precisamos de investimentos em saúde que sejam produtivos para a população”, destacou Mansur, ressaltando a necessidade de reunir prefeitos e secretários municipais de saúde com o ministro. “Essa ligação é fundamental para que o Ministério da Saúde conheça as reais necessidades da nossa região”.
No próximo dia 6, em São Vicente, os secretários municipais devem se reunir com técnicos da Diretoria Regional de Saúde do Estado. No dia 12, em Guarujá, um novo encontro, entre prefeitos e representantes dos governos Federal e do Estado vai definir as metas de cada cidade a curto, médios e longos prazos.
O ministro da Saúde elogiou a iniciativa. “Pela primeira vez um encontro como esse foi realizado, com união de todos para discutir e definir soluções para a saúde da região”.
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O encontro também definiu como prioridades o atendimento básico na Baixada e no Vale, além da ampliação de leitos hospitalares. Com isso, a expectativa é reduzir o número de internações e desafogar prontos-socorros. “Aliado a um aumento de leitos, o aprimoramento da atenção básica vai melhorar muito a qualidade do atendimento à população”, destacou Mansur.
Outra iniciativa definida foi a ampliação da Rede Cegonha na Baixada e no Vale, com atendimento humanizado para gestantes e recém-nascidos. “A mortalidade infantil é um problema grave na região e vamos trabalhar muito para que a Baixada e o Vale se tornem referência no atendimento pré-natal, durante o parto e aos recém-nascidos”, garantiu o deputado Mansur.
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O prefeito de São Vicente, Luis Cláudio Bili apresentou uma proposta para a construção de um hospital com 400 leitos na cidade. “O ministro conhece as nossas dificuldades e tenho certeza que ganhamos um aliado para esse projeto”.
Os prefeitos Mauro Orlandini, de Bertioga, e Márcia Rosa, de Cubatão, destacaram a necessidade de organizar a saúde pública regionalmente e de aumentar os repasses de recursos do Estado e da União para os municípios.
Maria Antonieta de Brito, de Guarujá, destacou a necessidade de construção de novas unidades de atendimento básico para a população. “Sem recursos do Estado e do ministério, as cidades não conseguem atender a demanda”.
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O prefeito de Pedro de Toledo Sérgio Miyashiro destacou que, muitas vezes, os municípios precisam arcar com gastos de viagens para que os pacientes sejam atendidos em tratamentos na Capital. “É uma situação que gera uma despesa grande para as cidades menores e que penaliza a população com deslocamentos cansativos e que poderiam ser evitados”.
Antonieta pede mais ambulâncias
Durante a audiência com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a prefeita de Guarujá Maria Antonieta de Brito solicitou a aquisição de novas ambulâncias, viaturas para as ações de combate à dengue e ampliação dos prazos para entrega das unidades que estão em construção.
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A prefeita protocolou os ofícios no Ministério e explicou que o Município necessita de quatro ambulâncias suporte básico tipo B, que serão destinadas às Unidades de Saúde, principalmente para o transporte inter-hospitalar, remoção para consultas em traumatologia, gineco-obstetrícia e para realização de exames como tomografia, ressonância magnética, entre outros.
Atualmente, a rede municipal de Saúde conta com três ambulâncias, que prestam serviços de suporte e realizam, em média, 1.657 remoções, sendo 277 para internações e 1.380 para realização de exames, consultas e vaga zero.
Outra solicitação, que também é relacionada a veículos, foi a reivindicação de quatro viaturas (pick up) para o combate à dengue. O serviço conta hoje com apenas três veículos — uma Kombi e dois do modelo Fiesta, para desenvolver todas as atividades programadas (inclusive as educacionais). Os novos veículos permitirão ampliação e otimização nas ações de prevenção e combate à dengue, tais como: nebulização nos locais com casos confirmados, bloqueio de controle de criadouros nos casos suspeitos, vistoria em 200 imóveis especiais e 145 pontos estratégicos quinzenalmente, atendimento de denúncias de focos de criadouros e telagem de caixas d’água, entre outros.
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Conforme os dados da Vigilância em Saúde, a equipe promove vistorias numa área de 142,7Km², dividida em quatro regiões administrativas, com 38 setores contendo 113.224 imóveis, sem considerar a verticalização. A equipe atende mensalmente 180 denúncias, sendo que este número triplica o período epidêmico.
Maior prazo
Antonieta solicitou ainda maior prazo para construções e reformas das unidades de saúde. A prefeita explicou que o município vem sofrendo inúmeras ações de precatórios que provocaram um alto desequilíbrio financeiro no orçamento. E mais: para a construção e reforma das unidades, os valores atuais de contrapartida ultrapassam em mais de 100% dos valores disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Além dissso, o Município cancelou alguns contratos anteriormente firmados, em razão de descumprimento contratual pela empresa contratada para as obras das unidades Vila Rã, Vila Baiana e Helena Maria.
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Por isso, a necessidade de prorrogação dos convênios, nas unidades já citadas e ainda nas unidades Pernambuco, Cidade Atlântica, Boa Esperança, Jardim Boa Esperança, Vila Edna, Academia da Saúde, Vila Alice e Jardim Conceiçãozinha.
Outra solicitação de ampliação foi em relação a inauguração da Usafa Jardim Conceiçãozinha. A chefe do Executivo solicitou mais 90 dias para que o entorno da unidade esteja em conformidade para atender a população.
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