Cotidiano

Avião de Campos: famílias atingidas começam a negociar acordos

Um mês após a queda do avião que matou sete pessoas em Santos, famílias que tiveram danos materiais começam a negociar as indenizações

Publicado em 13/09/2014 às 13:40

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As tratativas para pagamento de indenizações às famílias prejudicadas com a queda do avião que transportava o candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), e mais seis pessoas, no dia 13 de agosto, começaram. Na próxima semana, uma das famílias deverá firmar acordo para indenização.

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Segundo o advogado Carlos Gonçalves Junior, que representa os empresários pernambucanos João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira, algumas famílias já foram contatadas através de seus advogados. Ele disse que os empresários haviam firmado um compromisso de compra da aeronave, um Cessna Citation 560 XL, com o antigo arrendatário, a AF Andrade, mas o processo de leasing não chegou a ser formalizado.

Mesmo acreditando que não são responsáveis pelo jato, os dois empresários estão dispostos a arcar com as indenizações, segundo o advogado. “Eles não se consideram os responsáveis finais do avião, mas não querem deixar as famílias totalmente desamparadas”, disse o advogado, que esteve em Santos na última segunda-feira para conversar com as vítimas. Quanto à família que será indenizada, Carlos Gonçalves disse que se trata de uma propriedade onde o jato caiu. A Reportagem tentou contatar o advogado da família em Santos, mas sem sucesso até o fechamento desta matéria.

O representante legal dos empresários disse ainda que após a apuração dos legítimos responsáveis, seus clientes buscarão o ressarcimento das indenizações pagas.

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"Acredito que na próxima semana já receberemos a grande carga de memoriais de indenizações das famílias contatadas. Os acordos estão bem adiantados”, afirmou Carlos Gonçalves.

O advogado Luiz Roberto de Arruda Sampaio, cujo escritório representa 30 famílias prejudicadas, disse que houve sim uma “sondagem por parte do advogado, mas não tem nada firme por enquanto”. Ele disse que primeiramente é preciso apurar os danos patrimoniais.

Houve prejuízos em dezenas de imóveis na região do acidente (Foto: Matheus Tagé/DL)

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“Primeiro vamos levantar os custos dos prejuízos das famílias, isso deve ser levantado até a semana que vem. Depois vamos apurar quem são os responsáveis pela aeronave, que contrato foi feito, se foi leasing ou empréstimo; os seguros e as seguradoras, para quem o piloto e o co-piloto trabalhavam etc. Até o final da semana que vem, vamos enviar notificação extrajudicial ao PSB pedindo essas informações, para só então começarmos a discutir os acordos”, disse o advogado.

Colisão com drone é descartada

O avião Cessna Citation 560 XL não colidiu com um drone (veículo aéreo não tripulado). É o que aponta a Polícia Civil após concluir as investigações do acidente que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), quatro assessores e dois tripulantes.

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As rodas encontradas no local onde o jato caiu são de um carrinho de bebê que estava na aeronave.

A hipótese de um drone, possivelmente da Aeronáutica, ter provocado a queda do avião, foi levantada durante as investigações e constava em inquérito do Ministério Público Federal.

Reparos continuam no Boqueirão

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A Prefeitura de Santos continua o atendimento às famílias que sofreram perdas materiais. Nos próximos dias, a regional da Zona da Orla e Intermediária, ligada à pasta de Serviços Públicos, inicia a última etapa dos reparos, com a reconstrução do corredor lateral e dos fundos da residência nº 111, da Rua Alexandre Herculano.

O imóvel é um dos que sofreu avarias devido à entrada do maquinário da regional para fazer enchimento e nivelamento do piso onde o avião caiu, com areia e terra. O serviço já foi concluído na residência nº113 e no imóvel nº 48 da Vahia de Abreu.

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