Cotidiano

Autoridades dinamarquesas mantêm estado de alerta após atentados

A polícia mantém a vigilância em vários pontos da cidade. Dois civis morreram e cinco policiais ficaram feridos

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 15/02/2015 às 12:33

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As autoridades dinamarquesas mantêm o estado de alerta em Copenhague depois da morte do suposto autor dos dois ataques ocorridos no sábado (14), em um centro cultural e em uma sinagoga, em que morreram dois civis e ficaram feridos cinco policiais.

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O resultado de provas técnicas, testemunhos e imagens de gravações em vídeo, apontam para a atuação da mesma pessoa, sozinha, nos dois locais.

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A polícia mantém a vigilância em vários pontos da cidade.

O homem de 55 anos que morreu no tiroteio de sábado no centro cultural onde ocorria um debate sobre liberdade de expressão era o cineasta dinamarquês Finn Norgaard, segundo a televisão pública DR, informação que ainda não foi confirmada oficialmente.

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Finn Norgaard era também produtor e fotógrafo e tinha realizado documentários sobre vários temas, como música, a vida de presos e de um grupo de jovens imigrantes na Dinamarca.

"Há várias coisas que apontam para que assim tenha sucedido e nada indica que tenha havido colaboradores, embora seja uma possibilidade que devemos investigar mais detalhadamente", disse hoje (15) o inspetor Jorgen Skov, em coletiva de imprensa, explicando a conclusão apresentada pela polícia sobre o suposto autor dos ataques.

As autoridades mantêm-se em alerta e tentam chegar aos motivos dos ataques, embora os locais escolhidos e a presença no centro cultural do artista sueco Lars Vilks, ameaçado por grupos islâmicos, apontem para uma razão fundamentalista para os atos.

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"Não conhecemos as motivações do suposto autor, mas sabemos que há forças que desejam mal a países como a Dinamarca. Querem subjugar a nossa liberdade de expressão", disse a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt.

O primeiro tiroteio em Copenhague ocorreu durante a tarde de sábado num centro cultural em que se realizava um debate sobre a liberdade de expressão, para o qual estava convidado o artista sueco Lars Vilks, que vive há anos sob proteção policial devido às ameaças de grupos islâmicos depois de desenhar Maomé como um cão.

O segundo ataque foi na porta de uma sinagoga em que se realizava uma cerimônia de bar mitzva (similar à comunhão no cristianismo) e em que morreu um jovem que fazia parte da segurança do centro.

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