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O avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, precisou ser desviado para a Áustria depois de França e Portugal terem fechado seus respectivos espaços aéreos por suspeitarem que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estivesse a bordo da aeronave. Pouco depois, no entanto, o governo austríaco confirmou que Snowden não estava no avião.
"Não sabemos quem inventou essa mentira. Queremos denunciar perante a comunidade internacional essa injustiça com o avião do presidente Evo Morales por causa de uma informação mal-intencionada", declarou em Viena o ministro boliviano das Relações Exteriores, David Choquehuanca.
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De acordo com o chanceler, os governos de França e Portugal negaram autorização para que o avião presidencial de Morales atravessasse seus espaços aéreos por temerem que Snowden, responsável pelo vazamento de informações sobre dois programas ultrassecretos de vigilância eletrônica promovidos pelos Estados Unidos, estivesse a bordo.
Morales viajou para a Rússia no fim de semana. Ele chegou a declarar que seu governo analisaria um eventual pedido de asilo de Snowden, mas esclareceu que nenhum pedido fora feito a La Paz até aquele momento. Depois de ter fugido de Hong Kong em 23 de junho, Snowden estaria na área de trânsito do aeroporto internacional de Moscou.
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Na Áustria, Choquehuanca informou que o governo da Espanha autorizou uma parada para reabastecimento em seu território antes de o avião seguir para Viena. Segundo o chanceler, França e Portugal terão que explicar à Bolívia por que não permitiram a travessia de seus respectivos espaços aéreos.
Alexander Schallenberg, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Áustria, confirmou que o avião de Morales está no aeroporto de Viena, mas o ex-agente norte-americano Edward Snowden não está a bordo da aeronave.
"O presidente Morales partirá com destino a La Paz na manhã de quarta-feira", informou Schallenberg. Segundo ele, o governo de seu país desconhecia o motivo pelo qual o avião do presidente boliviano precisou seguir até Viena.
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