Cesar Fine Torresi, de 77 anos, morreu após levar uma voadora em uma discussão de trânsito / Reprodução/Redes Sociais
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Um idoso passeava com o neto, se envolve em uma discussão de trânsito, leva uma voadora e morre minutos depois. Todos acompanharam o caso que aconteceu em Santos na última semana. O agressor está preso e já reconstituiu o crime. O caso que ocorreu com Cesar Fine Torresi, que tinha 77 anos, é só mais um. Em 2023, o registro de casos de agressões contra idosos apresentou um aumento significativo, totalizando quase 50 mil ocorrências a mais do que no ano anterior.
Os dados são resultado da pesquisa "Denúncias de Violência ao Idoso no Período de 2020 a 2023 na Perspectiva Bioética", realizada pelas professoras Alessandra Camacho, da Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Programa Acadêmico em Ciências do Cuidado da UFF, e Célia Caldas, da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
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Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011, o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado neste sábado (15), tem o objetivo de chamar a atenção às violações dos direitos dos idosos e divulgar formas de denunciá-las e combatê-las.
Segundo o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), considera-se violência contra o idoso qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, dano ou sofrimento, seja ele físico, psicológico ou patrimonial. A pesquisa revelou que, ao longo do período de 2020 a 2023, as denúncias totalizaram 408.395, distribuídas da seguinte forma: 21,6% em 2020, 19,8% em 2021, 23,5% em 2022 e 35,1% em 2023.
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Diante deste cenário, instituições públicas e privadas têm se mobilizado para fomentar ações que combatam o etarismo e promovam uma atitude mais positiva e respeitosa em relação aos idosos. É o caso, por exemplo, do Banco Mercantil, que recentemente tem se posicionado como uma instituição referência para a população 50+. Neste ano, o banco lançou a 2ª edição do Prêmio Mercantil de Jornalismo, que traz como tema "O valor da pessoa idosa".
"O idoso acumula uma quantidade significativa de experiência e sabedoria, o que o torna detentor de conhecimentos valiosos. Devido à sua vivência, ele pode contribuir de forma significativa para a resolução de problemas complexos, trazendo insights e ideias sob perspectivas únicas. Pessoas 60+ também desempenham, muitas vezes, um papel ativo no apoio às suas famílias, oferecendo orientações e cuidados essenciais para os mais jovens, incluindo suporte financeiro", diz trecho do regulamento.
Com a campanha "Junho Violeta", que busca sensibilizar a população sobre a urgência de combater a violência contra os idosos, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) destaca os diversos tipos de abusos enfrentados por essa parcela da sociedade. Entre as violações mais comuns estão agressões físicas, psicológicas, financeiras, sexuais, negligência e discriminação.
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Apenas nos primeiros cinco meses deste ano, o Disque 100, serviço da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, recebeu 47 mil denúncias, totalizando 282 mil casos de violações relacionadas à população idosa. "Números como esses evidenciam a necessidade de conscientização sobre a importância da terceira idade e dos problemas que essas pessoas enfrentam. Por isso, apresentamos essa questão como a principal do Prêmio Mercantil de Jornalismo, que já está fomentando matérias sobre o tema", destaca Juliana Xavier, Coordenadora de Comunicação Corporativa da empresa, que está conduzindo o Prêmio.
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