Cotidiano

Audiência pública discute Avenida Paulista como rua de lazer aos domingos

Ao todo, serão realizadas 32 audiências públicas para debater a abertura de vias para o público, com o desenvolvimento de atividades artísticas e culturais em toda a cidade

Publicado em 19/09/2015 às 16:58

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A prefeitura de São Paulo realizou hoje (19) uma audiência pública para discutir a abertura da Avenida Paulista para pedestres aos domingos. Durante a inauguração dos trechos de ciclovia que passam pela avenida, na região central da capital, foram feitas duas experiências de interrupção do tráfego de veículos na via.

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“Vamos ouvir por tempo indeterminado a população contra e a favor. Temos uma opinião de que a Paulista ser aberta à população aos domingos é uma coisa maravilhosa, excelente para a cidade”, informou o secretário da Coordenação de Subprefeituras, Luiz Antonio de Medeiros, na abertura do encontro, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Ao todo, serão realizadas 32 audiências públicas para debater a abertura de vias para o público, com o desenvolvimento de atividades artísticas e culturais em toda a cidade. Além da reunião na Paulista, também foram feitas hoje audiências no Aricanduva (zona leste) e no Campo Limpo (zona sul).

As ações ocorem dentro do programa municipal Rua Aberta. “O objetivo do programa é ampliar as áreas de lazer e recreação na cidade de São Paulo. A Avenida Paulista, nessas duas experiências, teve um amplo apoio. É lógico que todo projeto novo tem uma crítica, uma manifestação contrária. Isso é normal, até ajuda para aprimorarmos o projeto”, destacou o subprefeito da região da Sé,responsável pela Paulista, Alcides Amazonas.Ao microfone, a militante do movimento Sampa a Pé, Ana Carolina Nunes, defendeu a proposta. “Abrir as ruas, que são espaços públicos, é justamente chamar para a convivência pessoas de várias origens e idades. É disso que a gente precisa para ter uma cidade mais humana e coerente.”

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As ações ocorem dentro do programa municipal Rua Aberta (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Segundo Ana Carolina, os jovens paulistanos têm poucas oportunidades de usufruir do espaço público. “Nasci e cresci na Penha, na zona leste. Na minha infância, não tive a possibilidade de brincar na rua, como muitas pessoas da minha geração, porque esse espaço foi negado por ser perigoso, principalmente por medo dos carros”.

Representando a organização não governamental Minha Sampa, o advogado Guilherme Coelho disse que a interrupção do tráfego aos domingos é um pedido antigo da sociedade civil. “Essa é uma demanda que não é de um indivíduo. Não é uma demanda que começou agora. A prefeitura vem debatendo e escutando isso há muito tempo”, acrescentou.

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Moradora da avenida, a advogada Rafaela Galete lembrou que o fechamento da via aos veículos pode trazer vários inconvenientes para quem vive na região.

“A legislação municipal só admite mudanças e caminhões na Avenida Paulista aos sábados, domingos e feriados. Tiramos dois terços dessa possibilidade. Qual é a burocracia que esses condomínios terão de enfrentar para ter uma autorização [para fazer mudanças nos dias de fechamento]?” Segundo ela, são 11 condomínios residenciais em toda a extensão da avenida.

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