Cotidiano

Atuação do BC ameniza cautela com China e dólar ronda estabilidade

A divisa americana também subia sobre nove das dez moedas globais mais importantes, como o euro e o iene

Publicado em 10/11/2015 às 14:57

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 O dólar ronda a estabilidade nesta terça-feira (10) influenciado pela atuação mais intensa do Banco Central no câmbio, que amenizou parte da cautela gerada por dados negativos da economia chinesa.

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Às 12h30 (de Brasília), o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, tinha leve baixa de 0,02%, para R$ 3,80 na venda. Já o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 0,26%, para R$ 3,799.

Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar ganhava força apenas sobre 11. A divisa americana também subia sobre nove das dez moedas globais mais importantes, como o euro e o iene.

O Banco Central venderá nesta sessão até US$ 500 milhões com compromisso de recompra em 4 de abril e 5 de julho de 2016. Na semana passada, foram feitas duas operações neste valor, na terça (3) e na quinta (5).

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Os leilões fazem parte da estratégia do BC de fornecer recursos para a demanda sazonal de fim de ano, quando aumenta o valor enviado ao exterior para pagamento de dívidas e remessas de lucros, por exemplo. Normalmente, o BC intensifica essas operações em dezembro. Neste ano, os leilões começaram mais cedo.

O volume financeiro gira em torno de R$ 1 bilhão (Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Publicas)

A autoridade também deu continuidade aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 595,3 milhões.

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No exterior, o índice de preços ao consumidor da China avançou 1,3% em outubro sobre o mesmo mês do ano passado, contra alta de 1,6% em setembro. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 1,5%. Já o índice de preços ao produtor recuou 5,9% em outubro sobre um ano antes, mesma taxa de setembro e contra expectativa de queda de 5,8%.

O piora em indicadores econômicos chineses tem elevado a preocupação do mercado com a crise global e reforçado a expectativa de que o governo da China deverá anunciar novas medidas de estímulo até o fim do ano para que o país consiga manter seu forte ritmo de crescimento.

Wang Pei'an, vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar, afirmou nesta terça que a adoção da política de dois filhos na China deve impulsionar o crescimento econômico do país em cerca de 0,5 ponto percentual, como resultado de um aumento no tamanho da força de trabalho.

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No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos de longo prazo subiam na BM&FBovespa, enquanto as de longo prazo caíam, às 12h30. O DI para janeiro de 2016 avançava de 14,238% para 14,245%. Já o DI para janeiro de 2021 apontava taxa de 15,700%, ante 15,720% na sessão anterior.

Ações em queda

O principal índice da Bolsa brasileira acompanha o mau humor dos mercados acionários dos Estados Unidos e opera no vermelho nesta terça-feira. O Ibovespa recua 0,88%, para 45.787 pontos. O volume financeiro gira em torno de R$ 1 bilhão.

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A baixa do Ibovespa é influenciada pelas quedas das ações preferenciais (mais negociadas e sem direito a voto) da Vale e do Itaú, de 1,78% e 0,65%, nesta ordem. O papel preferencial da Petrobras também cedia e ajudava a sustentar a perda do índice. Às 12h30, a queda era de 0,39%.

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