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Um ato do Movimento Passe Livre (MPL) marcado por redes sociais na internet reuniu cerca de 1,5 mil pessoas - segundo projeção da Polícia Militar - na tarde de hoje, na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. Por volta das 17h20, duas agências foram depredadas na região da Avenida Rebouças, na zona oeste. Pouco depois das 19 horas, o alvo foi uma concessionária da Mercedes Benz - pelo menos dez veículos foram destruídos. A Tropa de Choque chegou depois da destruição. Em seguida, eles caminharam na Rua Butantã, lançando rojões e atirando pedras.
Uma das agências destruídas é do Banco do Brasil. Os manifestantes chutaram o vidro e arrancaram as bandeiras hasteadas no local. Outros manifestantes fizeram um cordão humano para impedir que quebrassem o vidro. Uma bomba foi estourada no local, mas nada ficou destruído. Outra agência, do Citibank, teve a entrada depredada.
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Mais cedo, um grupo de percussão se apresentava e gritava "Pula catraca!". Depois, os manifestantes leram em conjunto um manifesto e começaram a caminhar por volta das 16h15. Perto das 17 horas, fecharam a saída da Rua Oscar Freire para a Avenida Rebouças. O protesto bloqueou a passagem no cruzamento entre a Avenida Eusébio Matoso e a Marginal do Pinheiros, às 17h50.
O bordão dos atos de 2013 era repetido: "Que coincidência: não tem polícia, não tem violência". Por volta das 17 horas, não havia policiais militares próximos à passeata. Algumas viaturas, no entanto, foram vistas circulando pela Rebouças no sentido oposto ao da manifestação.
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Por volta das 15h30, a Paulista já havia sido bloqueada por um veículo da CET na altura da Praça do Ciclista. No local, diversos jornalistas da imprensa internacional acompanham o ato.
O professor de inglês Lusvarghi, que foi agredido na semana passada após confronto com policiais militares em protesto no dia da abertura do Mundial, participou do movimento. Segundo ele "para mostrar que as coisas estão erradas e exigir que o governo tome uma atitude". O jovem diz não se arrepender de ter participado do protesto que lhe custou o emprego. "Tanto que estou aqui de novo para confrontar as forças do Estado novamente", afirmou. Para ele, é possível que haja novo confronto com as autoridades na passeata de hoje.
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O ato deve ser pacífico, segundo os presentes. "É um evento em comemoração e ao mesmo tempo um novo protesto. Os 20 centavos não bastaram", diz o militante Marcelo Hotimsky. O MPL solidarizou-se à causa dos metroviários e pede, em faixas, a readmissão dos 42 funcionários demitidos pelo Metrô após cinco dias de greve.
"Não estamos em busca de confusão. Queremos fazer uma festa na Marginal Pinheiros", contou o militante. Para ele, se houver conflito, será por parte da Polícia Militar.
De acordo com nota divulgada pelo MPL em sua página no Facebook, haveria caminhada do local até a Marginal do Pinheiros, em comemoração à data de hoje: há um ano, os R$ 0,20 de aumento na passagem da capital paulista foram revogados após uma série de protestos iniciados pelo MPL, que ganhou adesão de diversos setores da sociedade.
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Na praça, a Defensoria Publica do Estado de São Paulo distribui um panfleto com o título "Direito das pessoas durante manifestações". Bonecos do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), eram carregados pelos manifestantes.
"Ei, Geraldo, se liga nesse toque. Você tem a PM e o povo, black block", cantavam.
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