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Um ato contra o anúncio da siderúrgica Usiminas de demitir milhares de funcionários devido à suspensão de produção de aço na unidade de Cubatão acontece nesta quarta-feira, a partir das 11 horas. O protesto está sendo organizado por sindicatos e centrais sindicais e deverá reunir trabalhadores e a população em frente à Prefeitura. Em apoio à manifestação, a Administração Municipal alterará o expediente nas repartições públicas, que funcionarão, excepcionalmente, das 8 às 11 horas amanhã.
“É fundamental o apoio de toda a Cidade para revertemos essa situação. O objetivo é facilitar a mobilização de todos e darmos o recado de que Cubatão e a Baixada Santista lutarão para impedir esse desmonte da empresa”, explica o secretário de gestão, Marco Fernando da Cruz.
Para não prejudicar a população, funcionarão normalmente os serviços de atendimento emergencial de saúde, parques ecológicos, coleta de lixo domiciliar, vigilância, fiscalização da Receita, Obras Públicas e Particulares, Cemitério e Velório, varrição de ruas e feiras livres e transporte de água em carro-tanque para consumo doméstico, além do parque Novo Anilinas; também atuarão os servidores municipais que, por absoluta necessidade do serviço, forem convocados para trabalhar após as 11 horas.
Ações
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Devido à gravidade dos prejuízos sociais e econômicos para toda a Baixada Santista decorrentes da decisão da siderúrgica Usiminas de interromper atividades em sua usina cubatense, a Prefeitura vem realizando uma série de ações, intensificadas nos últimos dias, buscando que seja revertida essa decisão da empresa, anunciada no dia 29 de outubro.
Em reunião que aconteceu na tarde de ontem para acertar os detalhes da mobilização do dia 11, os sindicalistas anunciaram que o protesto se inicia em frente à Usiminas, a partir das 5h30, de onde seguem em caminhada até a porta da Prefeitura, onde acontecerá o principal ato.
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Usiminas
A siderúrgica se posicionou sobre a paralisação desta quarta-feira. “A Usiminas respeita o direito dos cidadãos de expressarem livremente suas opiniões, mas espera que as manifestações previstas para o dia 11 se deem de forma pacífica. A empresa também espera que seus trabalhadores não sejam impedidos de exercerem suas atividades e que a segurança deles e de quaisquer pessoas não seja colocada em risco”.
A empresa acrescenta ainda que “as atividades de uma indústria siderúrgica são complexas, sendo que a continuidade da operação de certos equipamentos é necessária para a segurança da comunidade, do meio ambiente, da usina e de seus trabalhadores”.
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Aposentados da Asimetal devem se reunir hoje
Os aposentados da Associação dos Siderúrgicos e Metalúrgicos do Litoral Paulista (Asimetal) devem se reunir hoje para tratar sobre os reflexos da paralisação de áreas primárias da Usiminas.
“Os aposentados representados pela entidade estão preocupados. Há desdobramentos, como no caso dos ex-empregados, hoje aposentados, e que ainda têm vínculo com a empresa em relação à Femco e também ao plano de saúde”, afirmou o coordenador administrativo, Uriel Villas Boas.
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A reunião será realizada na sede do Sindicato dos Empregados em Edifícios, na Rua Júlio Conceição, 340. Segundo a Asimetal, os aposentados querem confirmar quais os desdobramentos dessa questão. Para Marinésio Pereira, também membro da coordenação da associação, a categoria tem que participar dos encaminhamentos “visando encontrar uma solução para a crise da Usiminas”.