O ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (6/4) a favor da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro movimentou a Avenida Paulista / Carolina Antunes/Agência Brasil
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O ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (6/4) a favor da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro movimentou a Avenida Paulista.
A manifestação reuniu cerca de 44,9 mil manifestantes, segundo metodologia do Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a ONG More in Common, que consiste em usar imagens da multidão, capturadas por drones.
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A contagem foi feita no momento de pico da manifestação, às 15h44, a partir de fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial.
O ato começou por volta das 14h. Além de Bolsonaro, estavam presentes na manifestação o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); o do Paraná, Ratinho Junior; o do Amazonas, Wilson Lima; o de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); o de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil); e o de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).
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Durante o protesto, houve falas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a favor do projeto de lei em tramitação na Câmara que concede anistia a condenados pelos atos antidemocráticos, como a cabeleireira Débora Rodrigues Santos, presa por ter pichado com um batom a estátua "A Justiça".
O ataque registrado às instituições da República foi o maior desde que o Brasil voltou a ser uma democracia.
Perto das 15h40, Jair Bolsonaro começou o discurso e pediu anistia para os presos pelos atos golpistas. O ex-presidente ainda reclamou de estar inelegível por, segundo ele, ter apenas "se reunido com embaixadores".
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Ainda em seu discurso, ele afirmou que "eleições em 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, é escancarar a ditadura no Brasil".
Bolsonaro se tornou inelegível em junho de 2023, após condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) válida até 2030. O motivo da inelegibilidade foi o abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Em março deste ano, a Primeira Turma do STF decidiu por unanimidade tornar réus o ex-presidente Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe em 2022. Agora, os acusados passarão a responder a um processo penal — que pode levar a condenações com penas de prisão.
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Outra manifestação convocada por Bolsonaro e aliados, ocorreu há três semanas, no Rio de Janeiro. Esta reuniu cerca de 18,3 mil pessoas, segundo a mesma metodologia.