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O Coletivo Onda Vegana - Direitos Animais no Litoral inicia amanhã, às 18 horas, em frente ao Aquário de Santos, uma campanha permanente de cobrança de ações — a curto e a médio prazos — por parte das autoridades competentes visando o bem-estar dos animais. A ideia se estende também ao Orquidário, no bairro do José Menino. A entidade quer sensibilizar a população contrária a abusos com animais em ambos os espaços.
Além da manifestação, o Coletivo encaminhou uma denúncia ao Ministério Público de Santos (MP) alertando que a Prefeitura estaria descumprindo o Código de Posturas do Município e outros dispositivos legais em relação ao tratamento dado ao leão marinho, que seria condicionado a fazer, ao menos quatro vezes ao dia, “um completo espetáculo circense para ter direito à alimentação”, aponta o documento.
Os ativistas informam o MP que a Lei Municipal 3.531, de abril de 1968, assegura em seu artigo 295 a proibição de concessão de alvará de licença, localização e funcionamento aos circos e outros estabelecimentos de diversão que utilizem em seus espetáculos animais selvagens e domésticos. “A lei estadual 11.977, de 25 de agosto de 2005, que instituiu o Código de Proteção aos Animais do Estado, veda a apresentação ou utilização de animais em espetáculos circenses”, lembra Leandro Ferro, da Onda Vegana. Ontem, ele disse à Reportagem que o movimento deve atingir mais 50 pessoas, apesar de mais de 100 já ter confirmado pelas redes sociais.
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Prazos
Em curto prazo, os manifestantes querem que sejam mantidas as ações de reabilitação de animais e que se crie uma estrutura adequada a fim de aumentar o número de animais recuperados e que possam ser reintroduzidos na natureza. Também querem que seja vetada a introdução de qualquer espécie nova para exibição ao público e que sejam imediatamente suspensos os números do leão marinho.
Ainda querem que sejam imediatamente proibidas no Aquário as máquinas fotográficas com uso de flash e infravermelho; que todos os animais em exibição sejam reintroduzidos na natureza e que isso seja feito imediatamente, sob a responsabilidade da Prefeitura.
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Em médio prazo, que todos os animais que estejam impossibilitados de ser reintroduzidos na natureza — diante dos laudos de biólogos e de outros profissionais habilitados (indicados pelo próprio Aquário e Orquidário e por organizações de defesa animal oriundas da sociedade civil) — sejam enviados para santuários ou retirados da exibição pública, sendo mantidos em ambiente adequado e cuidados até os últimos dias de suas vidas.
Prefeitura
A Secretaria do Meio Ambiente (Semam) informou ontem, por intermédio da Assessoria de Imprensa, que desconhece o teor das supostas denúncias e aguardará eventual citação para prestar os devidos esclarecimentos.
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