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Cinco pessoas morreram e 86 ficaram feridas após a explosão de duas bombas na capital do Líbano na manhã desta quarta-feira. Os alvos foram um centro cultural iraniano e um posto de verificação do Exército num bairro xiita.
O ministro da Saúde, Wael Abou Faour, disse que entre os mortos e feridos há várias crianças. A embaixada do Irã informou que nenhum de seus diplomatas ou funcionários do centro cultural ficaram feridos durante o ataque.
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Um grupo ligado à Al-Qaeda, chamado Brigadas de Abdullah Azzam, assumiram a autoria dos ataques em mensagens postada em sua conta no Twitter.
As bombas foram colocadas no interior de dois veículos, segundo o Exército libanês, e foram detonadas quase simultaneamente a uma distância de cerca de 100 metros uma da outra.
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As bombas causaram pesados danos a prédios e carros da área no bairro de Bir Hassan. Imagens de televisão mostraram fumaça e fogo saindo de vários pontos, enquanto equipes de resgate trabalhavam para retirar as vítimas.
Bir Hassan fica perto do subúrbio de Dahiya, reduto do Hezbollah, movimento político e militar xiita libanês. O bairro tem uma mistura de prédios comerciais e residenciais com várias embaixadas, dentre elas a do Irã e do Kuwait, além de emissoras de televisão como o canal árabe Al-Alaam.
Em sua conta no Twitter, as Brigadas de Abdullah Azzam também disseram que continuarão a atacar alvos iranianos e do Hezbollah no Líbano, a menos que duas condições sejam atendidas: a retirada do Hezbollah da Síria e a libertação de prisioneiros do grupo de prisões libanesas.
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O Irã é o protetor regional do regime sírio e do Hezbollah e se tornou um alvo de grupos sunitas islamitas.
Políticos libaneses de todas as linhas condenaram o ataque. Após quase um ano sem governo por causa de disputas políticas entre facções, o Líbano conseguiu formar uma administração no sábado. O primeiro-ministro Tamam Salam disse nesta quarta-feira que o ataque foi "uma mensagem de grupos terroristas que vão continuar seus planos de espalhar essas mortes absurdas no Líbano".
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