Cotidiano

Atendimento médico e hospitalar será retomado em São Vicente

Prefeitura de São Vicente informou que hospitais Frei Galvão e Vitória voltam a atender a partir de hoje. Caixa de Saúde deixou de receber repasses da Prefeitura no início de março

Publicado em 23/07/2015 às 10:48

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Após paralisação por falta de pagamento, a Prefeitura de São Vicente garante que o atendimento hospitalar de urgência, emergência e internação aos servidores públicos municipais deve ser retomado a partir de hoje no Hospital Frei Galvão e amanhã no setor de oncologia do Hospital Vitória. As unidades ficam em Santos. A Caixa de Saúde e Pecúlio dos Servidores Municipais de São Vicente (Capep) segue em negociação com outros estabelecimentos conveniados. A Administração Municipal repassou ao órgão R$ 1,6 milhão na última semana.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

“Com o repasse fizemos pagamentos administrativos, que incluem salários dos funcionários e operacional. Do total, reservamos valores que permitiram negociações com dois hospitais. O que foi repassado significa apenas 25% do valor a ser rebido”, disse Hélio da Costa Marques, superintendente da Caixa de Saúde de São Vicente. Segundo a Prefeitura, o atendimento realizado por 150 conveniados, entre hospitais, clínicas, médicos e dentistas segue sendo realizado parcialmente.

A deficiência no atendimento ao servidor público municipal teve início em março, quando a Caixa de Saúde deixou de receber os repasses da Prefeitura. “Desde março estamos sem condições de fazer pagamentos devido à falta de recursos. Mas gostaria de reforçar que a Caixa tem mais a receber do que a pagar, inclusive do Instituto de Previdência, que responde pelos servidores aposentados”, disse Marques.

Os funcionários públicos ficaram sem atendimento médico particular de urgência e emergência e precisaram utilizar a rede hospitalar pública, mesmo tendo descontados em suas folhas de pagamento os custos referentes ao serviço. Segundo o superintendente, os atendimentos médicos especializados seguiram normalmente na sede da Caixa de Saúde.
A Caixa de Saúde não conta com fonte de renda própria. Ela custeia os atendimentos de seus dependentes graças à destinação de 3% dos vencimentos dos servidores municipais e da contrapartida, no mesmo valor, que teria de ser dada pela Prefeitura. São ao todo 11.500 pessoas conveniadas entre servidores e seus dependentes. O superintendente do órgão não divulgou o valor da dívida.

Continua depois da publicidade

Administração Municipal repassou R$ 1,6 milhão para a Caixa de Saúde e Pecúlio dos Servidores Municipais (Foto: Matheus Tagé/DL)

Sindicato

Ontem, em reunião com a Administração Municipal e conselheiros da Caixa de Saúde, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Vicente (SindservSV) exigiu que a Prefeitura disponibilizasse até amanhã pelo menos um hospital para o atendimento aos servidores. A entidade sindical também solicitou que o modelo de gestão do órgão seja alterado.

Continua depois da publicidade

“Nossos conselheiros não deliberam. São apenas consultivos. Fomos cobrar do prefeito um novo modelo de gestão. Que haja eleição para superintendente e todos os cargos para que a Caixa tenha autonomia. Hoje, o superintendente, que é indicado pelo prefeito, toma a decisão sozinho. As contas não são abertas. Demos 24 horas para a reativação de pelo menos um hospital para atendimento do servidor”, disse Mara Valéria Giangiulio, presidente do Sindservsv.

Segundo a presidente, a Prefeitura se comprometeu a estudar a proposta. “Se não houver uma solução, a categoria vai se organizar para tomar uma decisão”, afirmou Mara.

O superintendente da Caixa de Saúde comentou a atitude do sindicato. “Não participei dessa reunião. Não fui convidado. Temos números e documentos que comprovam que a gestão está sendo feita correta. Temos uma gestão transparente. Desafio qualquer servidor público a dizer que lhe foi negada alguma guia até o mês de fevereiro. Mesmo sem condições de pagamento por falta de repasses não paramos um minuto de negociar e o atendimento foi mantido na Caixa”, disse Marques.

Continua depois da publicidade

Sobre o modelo de gestão, o superintendente ressaltou que precisa ser discutido. “Algumas funções têm caráter deliberativo. O modelo de gestão precisa ser discutido. Embora esteja em um cargo político, pois fui indicado pelo prefeito, não permito ingerência política na entidade. Já o sindicato, que deveria agir como colaborador, pois representa uma categoria, tem feito e agido de forma política”.

No último dia 11, o SindservSV entrou com uma ação no Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) para que sejam apuradas irregularidades no sistema de gestão da Caixa de Saúde e Pecúlio dos Servidores.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software