Cotidiano

Atendimento da Codevida é questionado por vereador

O vereador Banha (PMDB) detecta falta de assistência a um cachorro atropelado e questiona coordenadoria

Publicado em 01/10/2015 às 10:47

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Moradores do entorno do Posto de Combustíveis Arrastão, localizado na entrada de Santos, tiveram uma experiência ruim e que pode ser comum a dezenas de santistas: socorrer um animal de rua atropelado e não conseguir apoio dos órgãos públicos que prestam esse tipo de assistência.

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No último sábado, dia 26, após presenciarem o atropelamento de um cão, levaram o animal à Coordenadoria de Proteção à Vida Animal (Codevida), na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 375, na Zona Noroeste, para tratamento. No entanto, o órgão teria negado receber e tratar o animal e ainda alertado os moradores que se o cão fosse deixado no local iriam alegar abandono e denunciar à Prefeitura.

A história foi revelada na última terça-feira, dia 29, pelo vereador Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB), que acabou ‘abraçando’ a causa após ser alertado pelos frentistas do posto que seguraram o animal. Banha levou o cão para ser tratado na Clínica Filetti e promete questionar a assistência oferecida pela entidade que recebe subsídios da Administração para prestar atendimento aos animais na Cidade. “Vou questionar onde está sendo empregado o dinheiro, de que forma e quem controla a verba”.

O vereador garante que não é a primeira vez que se depara com a situação. Diz que já ouviu relatos de mais de 15 pessoas que passaram por isso no Município. “As pessoas procuram o poder público e não recebem tratamento adequado. Existe dotação orçamentária para o serviço oriunda do contribuinte. Tem veterinários no local. Por que não atenderam?”, questiona o vereador, que vai cobrar esclarecimentos da Prefeitura.

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O cachorro, atropelado no último sábado, foi levado para a Clínica Filetti (Foto: Luiz Torres/DL)

Segundo Banha, o problema (atendimento ao animal) não pode ficar por conta de quem o socorre e nem de um veterinário particular se existe o serviço público. “Já que o poder público não tem competência, eficiência, capacidade e estrutura para fazer esse tipo de trabalho, que acabe com o setor e estimule que as clínicas prestem o serviço à municipalidade, por intermédio de isenção de impostos”, afirma.

Cemitério

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Banha lembra que o orçamento do Município é de quase R$ 2,5 bilhões e na última fiscalização feita no Cemitério do Paquetá descobriu que o lugar abriga mais de 80 gatos. Em função disso, a dedetização é minimizada para não matar os animais. “Será que o poder público não tem capacidade de mudar essa situação construindo um gatil? Na Subestação CPFL da Ponta da Praia tem mais de 40 gatos. Ou a Prefeitura abraça o serviço ou repassa para quem tem competência”, afirma.

Procurado, o veterinário Eduardo Filetti garantiu a assistência do animal, mas disse que a situação precisa mudar na Cidade. “Eu já alertei o Paulo Alexandre (prefeito) que muitos veterinários estão reclamando dessa situação. A Codevida não é 24 horas e costuma não atender aos feriados. Já disse que uma saída seria uma parceria pública privada (PPP) com os veterinários. Aliás, o prefeito gosta desse tipo de iniciativa, por que não faz com relação à assistência veterinária?”

Só de manhã

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Segundo informações obtidas pela Reportagem, a Codevida oferece 15 consultas diárias e somente na parte da manhã, sendo que o trabalho mais forte efetuado é o de castração. Um edital publicado pela Prefeitura dá conta da compra de seis mil vacinas, pela Secretaria de Saúde.

A Codevida funciona, ininterruptamente, de segunda a sexta-feira, das 7 às 17 horas. O telefone é 3203-5075. Ligada à Secretaria de Meio Ambiente (Semam), a Codevida faz gratuitamente atendimento clínico aos animais, castração, vacinação, abrigo e doação de cães e gatos abandonados. A Codevida também realiza feiras de doações em sua sede. O órgão orienta ainda sobre posse responsável e fiscaliza denúncias de maus-tratos.

Prefeitura

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Sobre a questão, a Prefeitura de Santos informa que os fatos narrados não constam nos registros da Coordenadoria de Proteção à Vida Animal (Codevida), que possui, atualmente, mais de 120 cães e 100 gatos abrigados. Todos são vítimas de maus-tratos. A política de bem-estar animal é focada no controle populacional por meio da castração.

Atualmente, o Castramóvel, que entrou em operação em agosto de 2014, já percorreu mais de 20 bairros, fazendo castrações agendadas. Até o final do ano, uma segunda unidade móvel entrará em funcionamento.

Além disso, em 2014 a Prefeitura adquiriu um veículo especialmente adaptado para transporte animal e entregou a nova sede da Codevida – Centro de Adoção Animal, localizada no bairro do Jabaquara, avaliada em R$ 575 mil.

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