Cotidiano

Ataques de peixes fecham balneário turístico na Capital Nacional do Ecoturismo

Banhista perdeu parte do dedo após ataque de peixe em balneário de Bonito; cerca de 30 pessoas buscaram atendimento médico após mordidas

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 04/04/2025 às 16:10

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Desde o início do ano, pelo menos 30 pessoas buscaram atendimento médico após sofrer mordidas de peixes / Reprodução/Portal Bonito

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Bonito, um dos destinos mais famosos do ecoturismo no Brasil, enfrenta uma crise inesperada: ataques de peixes a banhistas levaram o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) a interditar parcialmente um dos principais balneários da cidade.

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Desde o início do ano, pelo menos 30 pessoas buscaram atendimento médico após sofrer mordidas de peixes, incluindo um caso grave em que uma banhista perdeu parte do dedo.

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O balneário afetado é a Praia da Figueira, um empreendimento privado que recebe grande fluxo de turistas. Inicialmente, o Imasul determinou a interdição total do local, abrangendo tanto a área aquática quanto as trilhas e espaços de lazer.

No entanto, após pedido de reconsideração, apenas a lagoa artificial permanece interditada, exigindo a instalação de barreiras físicas e educativas para impedir o acesso dos visitantes à água.

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Este não é primeiro caso registrado de ataque de peixes em locais turísticos. A Praia da Baleia, localizada na cidade do Rio das Ostras, no Rio Janeiro, também já enfrentou este problema. Um cardume de peixes-espadas preocupou autoridades e banhistas foram atacadas.

Lagoa artificial e espécies introduzidas

A Praia da Figueira possui uma lagoa artificial conectada ao Rio Formoso, onde há quiosques submersos que servem alimentos e bebidas aos turistas. O local é famoso pela observação de peixes, atividade que atrai visitantes em busca de contato com a vida aquática.

Entre as espécies introduzidas na lagoa estão pacu, dourado, matrinxã e tambaqui. O tambaqui, nativo da Amazônia, tem dentes fortes e pode ser o responsável pela maioria dos ataques registrados.

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Investigação e impacto no Turismo

A prefeitura de Bonito acionou o Imasul após os casos de mordedura serem registrados no hospital da cidade, com mais de 80% dos incidentes ocorrendo na Praia da Figueira. A situação gerou preocupação entre autoridades e empresários do setor turístico, que buscam soluções para manter a segurança dos visitantes sem comprometer a experiência ecoturística do destino.

O Imasul reforçou que, apesar da revogação parcial da suspensão da Licença de Operação do balneário, as atividades na lagoa artificial seguem proibidas até que medidas adequadas sejam implementadas. Enquanto isso, outras atrações do complexo permanecem abertas, garantindo alternativas para os turistas.

A Fundação de Turismo de Bonito acompanha o caso e reforça a importância de adequações para garantir a segurança dos visitantes, preservando a reputação do município como o melhor destino de ecoturismo do Brasil.

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