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Pelo menos duas pessoas foram mortas após um ataque suicida num hotel de Mogadiscio, capital da Somália, nesta sexta-feira. O vice-primeiro-ministro está entre os feridos da ação, que aconteceu perto do palácio presidencial.
Uma pessoa jogou um veículo cheio de explosivos contra o portão do hotel e outro suicida entrou no local e detonou os explosivos que levava junto ao corpo, informou à Associated Press o capitão Mohammed Hussein.
O Al-Shabab, grupo insurgente islâmico que atua no país, assumiu a autoria do ataque, segundo a rádio do grupo, a Andulus.
Dois corpos ensanguentados estavam do lado de fora do hotel, localizado no centro de Mogadiscio, enquanto soldados isolavam a área e disparavam para o ar para dispersar as pessoas que se aproximavam.
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O vice-primeiro-ministro Mohamed Omar Arte foi levado para o hospital e estava entre os vários funcionários de alto escalão do governo presentes no hotel no momento do ataque, disse Hussein.
"Eles não se importam com a vida, com os humanos e muçulmanos", disse uma idosa soluçando ao lado do corpo de um homem, do lado de fora do hotel.
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Este é o segundo ataque a um hotel em Mogadiscio em menos de um mês. Em 22 de janeiro, três somalis foram mortos quando um suicida explodiu um carro-bomba no portão de um hotel que abrigava integrantes da comitiva do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que visitaria o país dias depois. Um funcionário da inteligência somali disse que a delegação turca, com cerca de 70 integrantes, estava no hotel no momento do ataque, mas ninguém ficou ferido.
Apesar de grandes retrocessos em 2014, o Al-Shabab continua a travar violentos combates contra o governo somali e é uma ameaça na Somália e na região do leste africano. O grupo tem realizado muitas ofensivas em território somali e em países vizinhos, cujos Exércitos integram as tropas da União Africana que fazem a segurança do fraco governo da Somália, que tem apoio da Organização das Nações Unidas.
O Al-Shabab controlou a maior parte de Mogadiscio entre os anos 2007 e 2011, mas foi expulso da capital somali e de outras cidades do país pelas forças da União Africana.
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