Cotidiano
"Os corpos de 48 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram resgatados de dentro da base. Fora do complexo foram encontrados os corpos de dez criminosos", afirmou o funcionário da ONU no país
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Pelo menos 58 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas nesta quinta-feira durante um ataque a uma base da Organização das Nações Unidas (ONU) no Sudão do Sul. "Os corpos de 48 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram resgatados de dentro da base. Fora do complexo foram encontrados os corpos de dez criminosos", afirmou o principal funcionário da ONU no país, Toby Lanzer.
Segundo ele, o ataque na cidade de Bor, que é controlada pelo governo, foi promovido por cerca de 350 jovens com roupas de civis. "Eles usaram de extrema violência para invadir o perímetro da nossa base", contou Lanzer. "Quando nós percebemos que estávamos sob ataque, nós respondemos. A rápida ação dos mantenedores da paz da ONU salvou vidas", acrescentou.
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Centenas de pessoas haviam buscado refúgio na base da ONU em meio ao conflito étnico no recém criado país, que já dura quatro meses. Cerca de 5 mil pessoas ocupam a unidade atualmente. "Nós vamos fazer de tudo para resguardar as vidas das pessoas que estão sob nossa proteção, incluindo o uso de força letal", comentou o representante da ONU. Segundo ele, medidas estão sendo adotadas para garantir a segurança das outras unidades da organização no país, que abrigam quase 60 mil pessoas.
De acordo com Lanzer, esta foi uma das semanas mais sangrentas na curta história do Sudão Sul, com relatos de atrocidades cometidas na cidade de Bentiu, que foi dominada pelas forças rebeldes. Ele conta que o conflito, iniciado após um desentendimento entre tropas leais ao presidente, Salva Kiir, e forças que apoiam o então vice-presidente, Riek Machar, entrou em um "ciclo de vinganças".
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