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Um homem vestido com uniforme do Exército afegão abriu fogo nesta terça-feira contra tropas estrangeiras numa base militar, matando pelo menos um soldado norte-americano e ferindo outros 15, dentre eles um general de brigada alemão e "mais de dez" militares dos Estados Unidos, afirmaram autoridades.
Não havia muitos detalhes sobre o ataque em Camp Qargha, base que fica a oeste da capital, Cabul. O general Mohammmad Zahir Azimi, porta-voz do Ministério da Defesa, disse que "um terrorista usando uniforme militar" abriu fogo contra tropas afegãs e internacionais. Azimi disse que o atirador foi morto e que três militares afegãos ficaram feridos.
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Um oficial norte-americano disse que um soldado dos Estados Unidos foi morto e que "cerca de doze" dos feridos são da mesma nacionalidade, mas não divulgou mais detalhes. Ele falou em condição de anonimato porque não tem autorização para divulgar detalhes sobre o ataque.
O Exército alemão disse que um soldado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi morto e que 15 militares da aliança ficaram feridos no ataque lançado "provavelmente por alguém de dentro". Dentre os feridos estão um general de brigada alemão que, segundo o Exército da Alemanha, recebia atendimento médico e não "está em risco de vida".
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Em comunicado, a Otan diz estar em "processo de avaliação da situação".
Qargha é conhecida como "Sandhurst na areia". Sandhurst é uma academia militar e centro de treinamento de oficiais do Exército do Reino Unido. O local ganhou o apelido porque foram os britânicos que supervisionaram a construção da base afegã e o programa de treinamento. Em comunicado, o Ministério da Defesa do Reino Unido disse que estava investigando o incidente e que "seria inapropriado falar mais neste momento".
O ataque acontece no momento em que os chamados "ataques internos", incidentes nos quais forças de segurança afegãs se voltam contra parceiros da Otan, caíram muito no ano passado. Em 2013, foram 16 mortes em 10 ataques. Em 2012, tais ações mataram 53 soldados da coalizão em 38 ataques.
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Algumas vezes o Taleban declara ter ordenado esse tipo de ataque como prova de sua infiltração nas forças de segurança. Outros são atribuídos a disputas pessoais ou a ressentimento de afegãos irritados com a contínua presença internacional em seu país, mais de doze anos após a queda do regime do Taleban.