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Militantes do Taleban invadiram uma escola militar no noroeste do Paquistão nesta terça-feira, matando pelo menos 84 pessoas, a maior parte crianças, e feriram mais de 80, informaram fontes hospitalares e do governo.
Crianças ainda eram mantidas no interior do prédio como reféns, cerca de quatro horas após o início do ataque, declararam as fontes.
Autoridades de segurança disseram que pelo menos cinco homens armados entraram na Escola Pública do Exército em Warsak Road, Peshawar, capital da província de Khyber-Pakhtunkhwa, por volta das 11h (horário local) e tomaram o controle do prédio principal A escola pública militar é parte de um sistema de escolas espalhado pelo país que oferece educação do ensino fundamental ao médio e é aberto para filhos de militares e de civis.
Autoridades do governo provincial disseram que pelo menos 1.500 estudantes, da pré-escola ao ensino médio, estavam no campus quando o ataque ocorreu. A maioria conseguiu fugir do local, segundo as Forças Armadas paquistanesas.
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O ministro-chefe da província, Pervaiz Khattak, disse que há 84 mortos, de acordo com os registros dos hospitais de Peshawar. "Essas crianças são inocentes", declarou Khattak.
A maioria dos feridos sofreu lesões graves. "Mais e mais pessoas chegam aos hospitais, o que mostra que a coisa pode piorar", disse o ministro da Saúde provincial Shahram Khan Tarakai.
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Militares e policiais foram vistos cercando o prédio. Intensas trocas de tiros e explosões foram ouvidas em imagens transmitidas por emissoras de televisão paquistanesas.
Um graduado oficial militar disse que uma operação para a retomada da escola havia começado. Em rápida declaração, as Forças Armadas paquistanesas disseram que os combates entre forças de segurança e os militantes continuava.
"Nós entramos e tentamos limpar a área com muito cuidado", declarou um oficial militar.
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Imagens do local mostraram pais visivelmente perturbados procurando seus filhos no hospital Lady Reading. Outros esperavam do lado de fora do cordão de isolamento estabelecido na área da escola. Estudantes usando uniformes verde e branco recebiam atendimento nos hospitais.
"De acordo com os relatos mais recentes que recebemos, pelo menos cinco dos participantes do ataque entraram na escola pelo lado do cemitério", disse aos jornalistas o ministro de Informação da província, Mushtaq Ghani. "Há alguns relatos segundo os quais eles usavam uniformes militares. Eles estão usando as crianças como escudo humanos. Trata-se de uma situação muito difícil."
Muhammad Khurasani, porta-voz do Taleban paquistanês, assumiu a responsabilidade pelo ataque, afirmando que o grupo enviou seis suicidas para "vingar a operação militar no Waziristão".
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Neste ano, o Exército paquistanês lançou uma grande operação para expulsar o Taleban de seus redutos na região tribal do Waziristão do Norte, na fronteira com o Afeganistão.
"Os militantes acham que lançando ataques como este, ao fazer de escolas e crianças seus alvos, eles serão capazes de interromper nossas operações contra eles", afirmou Pervaiz Rashid, ministro da Informação federal. "Mas vamos continuar nossa operação contra eles com mais intensidade e maior força."
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