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O banheiro construído pela Associação dos Quiosqueiros do Itararé, no calçadão da praia que leva o mesmo nome, trecho da Avenida Ayrton Senna, em frente à Igreja São Pedro Pescador, conhecido como o Banheiro do Careca, seria irregular, garantem os integrantes da Associação dos Moradores do Itararé e Boa Vista (AMIB) Flávio Viana, Edison Eloy de Souza e Jayme Kahan.
Há cerca de 40 dias, o comerciante Ernandes Oliveira Pimentel, o Careca, havia garantido que o equipamento permanece fechado desde sua construção porque a Prefeitura ainda não teria solicitado a ligação da água e do esgoto à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). No entanto, os membros da AMIB revelam outro lado da a história.
“O banheiro não deveria ter sido construído. É preciso autorização da União, responsável por qualquer intervenção ou construção na orla. Também é necessário o Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA). No entanto, o banheiro não possui nenhum dos dois documentos. Na verdade, se privatizou um trecho da praia e a Sabesp está se negando a fazer o saneamento básico necessário – água e esgoto”, afirma o advogado Flávio Viana.
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O arquiteto urbanista Edison Eloy de Souza acrescenta que o banheiro não tem projeto aprovado e nem responsável técnico. Ele chegou a oferecer à Prefeitura, gratuitamente, um projeto amplo de reurbanização da orla do Itararé, entre a Praça 22 Irmãos Amigos e a Avenida Presidente Wilson, mas a Administração o teria descartado.
“Meu projeto contempla ainda sistema de apoio à praia, acabar com o comércio clandestino, mudar o visual da praia com eliminação dos quiosques irregulares para devolver a visão do mar, do bolsão de estacionamento, e implantação de estacionamento subterrâneo, entre outros. Mas a Prefeitura insiste em apresentar um projeto próprio, que será iniciado em março próximo e que, em minha opinião, é totalmente deficitário”, dispara.
Careca se reuniu com prefeito
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Há cerca de um mês, Careca havia garantido à Reportagem que se reuniu com o prefeito Luis Cláudio Bili (PP) e obteve a garantia da abertura do equipamento. Porém, na ocasião, a Prefeitura de São Vicente informou que os técnicos da Secretaria de Obras e Meio Ambiente ainda estavam realizando um levantamento.
Careca informou que o banheiro foi construído porque o Ministério Público (MP) estava exigindo a remoção dos banheiros químicos da Orla. “Como o Município estava sem verbas, o prefeito pediu para a Associação erguer o equipamento, que foi entregue em fevereiro, mas que está fechado por falta da ligação sanitária”, disse Careca.
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