Cotidiano

Assad diz que Síria está comprometida com acordo sobre armas químicas

Contudo, o mandatário sírio não descarta uma possível intervenção militar dos EUA

Publicado em 26/09/2013 às 11:34

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A Síria está comprometida com um acordo firmado entre os EUA e a Rússia contra o uso de armas químicas e não vê nenhum obstáculo para sua implementação, segundo o presidente do país, Bashar Assad. Contudo, o mandatário sírio não descarta uma possível intervenção militar dos EUA.

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Falando na emissora de televisão Telesur da Venezuela, o líder sírio insistiu que seu regime estava cumprindo um acordo segundo o qual Damasco deve ceder suas armas químicas. "A Síria se compromete, de maneira geral, com todos os acordos que assina", disse ele em uma entrevista publicada na íntegra pela agência de notícias estatal síria Sana nesta quinta-feira.

Ele disse que Damasco tinha começado a enviar os detalhes necessários de seu arsenal químico para a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW), que está supervisionando o acordo. Segundo Assad, os inspetores da OPCW devem visitar a Síria.

"Especialistas [da OPCW] virão para a Síria no próximo período para analisar a situação dessas armas", disse ele. "Quanto ao governo sírio, não há obstáculos sérios".

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"Especialistas virão para a Síria no próximo período para analisar a situação dessas armas", afirmou Assad (Foto: Agência Estado)

"Mas há sempre a possibilidade de os terroristas obstruírem o trabalho dos peritos, impedindo-os de acessar certos lugares", acrescentou Assad. O regime sírio chama todos aqueles que o enfrentam de "terroristas".

Síria concordou em entregar seu arsenal químico sob um acordo criado após o ataque com gás sarin nos subúrbios de Damasco em 21 de agosto. O acordo suspendeu as ameaças de um ataque norte-americano contra a Síria, mas Assad disse que "a possibilidade de uma agressão está sempre presente".

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"Desta vez, o pretexto são as armas químicas. Na próxima, será outra coisa", disse. Líderes sírios acusam o presidente dos EUA, Barack Obama, de "fabricar mentiras".

Segundo o presidente, a Síria não estava preocupada que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovar uma resolução que permite sanções ou uso da força contra Damasco.

"Hoje há um equilíbrio no Conselho de Segurança", disse ele, referindo-se à Rússia, aliado do regime, que tem proporcionado cobertura diplomática a Damasco em todo o levante de 30 meses.

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Uma equipe de especialistas da ONU, que confirmou que o gás sarin foi usado no ataque de agosto, chegou em Damasco na quarta-feira para retomar as investigações sobre outros supostos ataques anteriores.

Assad disse que seu governo garantirá que os especialistas da ONU também sejam capazes de se movimentar livremente, insistindo que seu regime tinha os convidado a visitar o país. "Nós somos os únicos que os convidaram para vir para a Síria, em março, quando os terroristas usaram gás venenoso em um subúrbio da cidade de Alepo", disse ele. 

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