Cotidiano
Em entrevista à agência France Presse, ele disse que vão "hesitaria por um segundo" em concorrer às eleições se houver forte apoio da população à sua candidatura
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O presidente da Síria, Bashar Assad, disse nesta segunda-feira que pode tentar um outro mandato no comando do país, medida que deve elevar as tensões antes da realização de uma conferência internacional na Suíça, que acontece nesta semana e tem como objetivo encerrar a guerra civil síria.
Em entrevista à agência France Presse, Assad disse que vão "hesitaria por um segundo" em concorrer às eleições se houver forte apoio da população à sua candidatura. "Não vejo razão pela qual eu não deveria concorrer". A televisão estatal síria confirmou a realização da entrevista.
A conferência de paz começará na quarta-feira em Montreaux, na Suíça.
No domingo, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse ter convidado o Irã - importante aliado militar do regime de Assad - para as negociações, afirmando que Teerã havia aceitado os termos para as conversações apresentados em Genebra em junho de 2012. Essas condições, conhecidas como comunicado de Genebra, definem o objetivo de futuras negociações, como o estabelecimento de um governo de transição na Síria, o que abriria o caminho para eleições democráticas.
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As potências mundiais e a oposição síria querem excluir Assad e pessoas ligadas a ele do governo de transição e impedi-los de concorrer em futuras eleições. Assad, porém, tenta mudar o foco da conferência para a luta contra o terrorismo, argumentando que seu regime é a única força capaz de combater a multidão de jihadistas que foram para a Síria desde o início do conflito.
"A conferência de Genebra deve produzir resultados claros no que diz respeito à luta contra o terrorismo na Síria", disse Assad à AFP.
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O presidente sírio também desconsiderou as propostas segundo as quais os líderes da oposição teriam um papel no governo de transição. "Estas propostas são totalmente irreais, mas são uma boa piada!"