Cotidiano

Artista de rua diz que apanhou de guardas municipais de Santos

Elizion Timoteo afirma que tentou explicar sua atividade aos servidores. O caso teria ocorrido por volta das 16 horas de ontem e na frente de outros artistas da Cidade, e outro colombiano

Publicado em 19/09/2015 às 11:40

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O artista de rua e técnico de turismo Elizion Timoteo acusa guardas municipais de Santos de agredi-lo enquanto descansava no calçadão da orla, em frente à Praça das Bandeiras, no Gonzaga. O caso teria ocorrido por volta das  16 horas de ontem e na frente de outros artistas da Cidade, e outro colombiano. Ele contou à Reportagem que foi agredido com socos e pontapés, e gás de pimenta. Segundo ele, os guardas ainda teriam apreendido sua barraca, cobertores, a bandeira do Brasil e um tablet.

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Timoteo também é formado em massoterapia. Ele é de Maringá (Paraná) e chegou à Cidade na quinta-feira (17). No Município, o artista estava ganhando dinheiro nos semáforos após breve apresentação musical. A ação, segundo conta, foi realizada por mais de quatro guardas, que chegaram em duas viaturas e auxiliados por uma outra do tipo saveiro.

“Eu estava cochilando apoiado em minha mochila quando recebi o primeiro chute e com o guarda dizendo ‘acorda vagabundo’. Eu tentei explicar que sou artista e tinha formação, mas uma guarda, dizendo me reconhecer, me pressionou contra a parede com o cassetete e, na sequência, jogaram gás de pimenta no meu rosto, junto com socos e pontapés”, relatou o artista.

Timoteo foi atingido nas costas e na região da cintura. Segundo conta, além de destruir parcialmente seu violão, os guardas ainda confiscaram parte de seus pertences. “Fui ao Palácio da Polícia e, no local, me disseram que eu tinha que registrar um boletim de ocorrência, só que na delegacia do Gonzaga. E isso é que eu vou fazer agora”, afirmou o técnico em turismo.

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“Eu tentei explicar que sou artista e tinha formação, mas uma guarda, dizendo me reconhecer, me pressionou contra a parede com o cassetete'', relatou Elizion Timoteo (Foto: Matheus Tagé/DL)

O colombiano Fred Spinosa, que trabalha com artesanato e malabares, estava com Elizion Timoteo no momento da agressão. “Eles começaram a bater nele. Eu perguntei o que estava ocorrendo e mandaram me afastar porque o assunto não era comigo”, afirma Spinosa. 

Prefeitura

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A Prefeitura não explicou o que fez com o material apreendido. No entanto informa que, de acordo com relato dos guardas municipais que estavam em serviço no momento dos fatos, o artista plástico foi abordado na área do Gonzaga, próximo aos semáforos, onde tocava seu violão e pedia dinheiro aos motoristas.

No horário mencionado, Elizion teria sido abordado próximo ao Cine Arte onde dormia. “Os guardas municipais ofereceram ajuda social, que foi negada imediatamente de forma agressiva, quando o artista utilizou palavras de baixo calão, reunindo seus pertences (aparentemente um violão e uma mochila) e retirando-se do local”, revela a Prefeitura, pela Assessoria de Imprensa.

A Prefeitura finaliza dizendo que a Secretaria de Segurança vai abrir um procedimento administrativo para apurar os fatos e convidar o artista a expor sua versão sobre o ocorrido.

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