Cotidiano

Arsesp detalha multa para elevação do consumo de água

Para estimular a economia, a Sabesp adotou, em 1º de fevereiro, um programa de concessão de descontos de 30% nas tarifas dos clientes que reduzissem em 20% seu gasto mensal de água

Publicado em 16/05/2014 às 13:17

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A Sabesp aguarda que a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) defina os últimos detalhes para dar início a aplicação de multas sobre as tarifas dos clientes que elevarem o seu consumo de água, mas ainda segue sem uma previsão definida para o começo da cobrança, afirmou o diretor de Relações com Investidores da concessionária, Rui Affonso.

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"A Procuradoria Geral do Estado (PGE) já deferiu a tarifa de contingência e agora a Arsesp está analisando as nuances de aplicação. Não temos uma data definida, justamente porque a proposta encontra-se em análise no órgão regulador", disse a analistas, investidores e jornalistas durante teleconferência realizada nesta manhã.

Segundo o executivo, a futura arrecadação com o programa de ônus, se aprovado, não entraria diretamente no caixa da companhia. "A arrecadação com o ônus iria para uma conta especial que, por lei, só poderia ser utilizada para o tratamento do problema que gerou essa cobrança, ou seja, para o enfrentamento da crise", explicou.

Dessa forma, os ganhos com as multas não devem compensar parte das perdas de faturamento projetadas por analistas para a Sabesp no ano. A expectativa é de uma queda do resultado líquido em função justamente dos custos das medidas adotadas pela concessionária para evitar um racionamento de água na Grande São Paulo.

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Segundo o executivo, a futura arrecadação com o programa de ônus, se aprovado, não entraria diretamente no caixa da companhia (Foto: Divulgação)

Para estimular a economia dos consumidores, a Sabesp adotou, em 1º de fevereiro, um programa de concessão de descontos de 30% nas tarifas dos clientes que reduzissem em 20% seu gasto mensal de água. Os custos com a medida, garantiu Affonso, não serão repassados num futuro reajuste tarifário. "O repasse dos custos do bônus no valor das tarifas está fora de cogitação", garantiu o executivo.

Os resultados da companhia no primeiro trimestre de 2014 ainda não refletiram o impacto do programa de bonificação. O aumento de 5,6% receita líquida da Sabesp no período na comparação com igual trimestre do ano interior ocorreu, segundo Affonso, devido ao aumento do consumo de água nos dois primeiros meses do ano.

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"As altas temperaturas do período, principalmente, em janeiro e fevereiro, resultaram num aumento de 4,9% do consumo de água, acima das nossas expectativas, que eram de 2% a 2,5%", explicou.

No entanto, Affonso reconheceu que, caso a crise persista, a Arsesp pode estudar alguma forma de compensação das perdas financeiras que a concessionária terá com medidas e investimentos emergenciais.

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