Continua depois da publicidade
A decisão dos Estados Unidos e de seus aliados de armar os grupos rebeldes na Síria é "muito perigosa" e prolongará a violência e as mortes, disse o ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moallem. O alerta veio enquanto um projétil de artilharia atingiu um vilarejo no centro do país e matou 11 pessoas, incluindo uma mulher e seis de seus filhos, afirmaram ativistas.
Al-Moallem disse que o envio de mais armas para a oposição também irá dificultar os esforços para convocar uma conferência de paz em Genebra para trabalhar em uma solução negociada. Ele disse que seu país continua disposto a participar, mas acrescentou que o presidente Bashar Assad não vai deixar o cargo A renúncia dele é uma das principais exigências da oposição para qualquer negociação com Damasco.
O ministro falou dois dias depois de um grupo de 11 países, que inclui os EUA, se reunir no Qatar e concordar em estabelecer ajuda militar e outras assistências para os rebeldes da Síria. Ele disse que todos que se reuniram no Qatar "têm sangue Sírio em suas mãos".
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que participou da conferência, não revelou detalhes da ajuda, afirmando somente que ele reequilibrará a luta entre os rebeldes e o governo. As forças melhor equipadas de Assad são cada vez mais apoiadas pelo combatentes do grupo militante Hezbollah, do Líbano.
Continua depois da publicidade
"Se eles sonham, ou deliram que atingirão um equilíbrio com o Exército Árabe Sírio, eu acho que eles precisam esperar anos, e isso não será alcançado", afirmou Al-Moallem. "Eles não serão vitoriosos não importa o quanto eles conspirem", acrescentou. O ministro disse que armar os rebeldes "é uma decisão perigosa, porque visa o prolongamento da crise, prolongando a violência e matando e encorajando terrorismo".
O encontro dos Amigos da Síria em Doha foi a primeira reunião de Kerry com suas contrapartes sobre as práticas de ajuda aos rebeldes sírios desde que o presidente Barack Obama anunciou que os EUA enviariam armas para a oposição. A decisão foi tomada apesar das preocupações de que as armas poderiam cair em mãos de extremistas islâmicos na coalizão rebelde.
Continua depois da publicidade