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Familiares e amigos enterraram o corpo do promotor Alberto Nisman nesta quinta-feira, em um cemitério judeu. O cortejo de enterro foi acompanhado por observadores e simpatizantes do promotor, cuja morte ainda não foi solucionada pela polícia. A polícia permitiu apenas a entrada de pessoas próximas no local do enterro.
Entre os simpatizantes, alguns cantavam "Somos todos Nisman!" e "A verdade nunca morre!" quando o caixão de Nisman passava. No enterro, estiveram também políticos da oposição que tinham relação com o promotor. "Foi uma cerimônia muito triste, nos despedimos de quem deu a sua vida para investigar um atentado terrorista", afirmou o ministro da Cultura de Buenos Aires, Hernan Lombardi.
"Enterramos um pedaço de nossa república. Hoje é um dia de reflexão e tristeza para todos os argentinos", disse Patricia Bullrich, deputada da oposição.
Nisman, de 51 anos, foi encontrado morto no dia 18 de janeiro no banheiro de seu apartamento, com uma bala na têmpora direita. Uma arma calibre 22 foi encontrada próxima a ele. A morte aconteceu dias depois de ele ter entregue a um juiz um relatório segundo o qual Cristina havia fechado, secretamente, um acordo para impedir que ex-funcionários do governo iraniano fossem acusados de envolvimento no ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que deixou 85 mortos.
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