Cotidiano

Arce nega divergência sobre nível atual do Cantareira

O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de SP atribuiu a disparidade nos números do comitê anticrise e da concessionária ao uso de critérios diferentes para contabilizar o volume dos reservatórios

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/05/2014 às 20:47

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O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Mauro Arce, fez questão de afirmar que não houve divergência entre a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Agência Nacional de Águas (ANA) na divulgação de informações sobre o nível atual do Sistema Cantareira. Em entrevista à Radio Estadão nesta terça-feira, 20, ele atribuiu a disparidade nos números do comitê anticrise e da concessionária ao uso de critérios diferentes para contabilizar o volume dos reservatórios.

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Conforme matéria publicada hoje no jornal "O Estado de S. Paulo", o comitê anticrise considera que o uso do chamado "volume morto", cuja capacidade é de 182,5 bilhões de litros de água, aumenta a capacidade total do sistema. Com esta incorporação, o nível do volume de água armazenado no Cantareira na segunda-feira chegaria a 22,2% de sua capacidade total. Já a Sabesp não trabalha com a hipótese de uma ampliação da capacidade de armazenamento do reservatório a partir do uso do volume morto. Para a concessionária, com o volume estratégico haveria aumento apenas no volume total de água nas reservas, que ontem corresponderia a 26,3% do total.

Mauro Arce defendeu a visão de que o volume estratégico não interfere na capacidade do sistema, afirmando que ele será retirado assim que a situação do reservatório se normalizar. "Nós entendemos que no instante que isso for regularizado não vai ser mais utilizado."

Com o uso do 'volume morto' o nível da Cantareira na segunda-feira chegaria a 22,2% (Foto: Hélvio Romero/Estadão Conteúdo)

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Diante do que considerou ser uma das menores vazões em 85 anos, o secretário chamou a situação do Cantareira de "extremamente crítica". A expectativa, segundo ele, é que a situação se normalize em setembro, quando tem início a temporada de chuvas. Para isso, no entanto, Arce afirma que seria preciso chover a quantidade equivalente à que choveu entre 2009 e 2010, quando o intenso volume de precipitações provocou enchentes.

O secretário lembrou ainda da importância de que as pessoas economizem água. "Temos cada dia para tentar segurar o máximo esse volume para prorrogá-lo, mas eu diria que todo dia que passa estamos mais perto do que vai começar a chover novamente", completou.

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