Cotidiano

APS pede indenizações em 'valor de mercado' aos moradores do Macuco

Governo de SP, parceiro do Governo Federal na obra da ligação seca, tem optado pelo traçado que implicará na desapropriação de imóveis

Nilson Regalado

Publicado em 16/10/2024 às 06:15

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O diretor-presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini / Nair Bueno/DL

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O presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, afirmou ontem que “a APS defende que eventuais desapropriações decorrentes da ligação seca entre Santos e Guarujá devem ser indenizadas de maneira adequada” e, se possível, próximas ao valor de mercado desses imóveis. Pomini disse que essa também é a orientação repassada pela Superintendência Jurídica da APS “em observância ao princípio da justa indenização, garantia esta assegurada pela Constituição Federal, conforme disposto em seu artigo 5°, inciso XXIV, bem como pela Lei de Desapropriação (Decreto-Lei 3365/1941)”.

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Embora a APS tenha defendido, após várias reuniões com a comunidade e autoridades, o traçado sem desapropriações, o Governo do Estado, parceiro do Governo Federal na obra da ligação seca, tem optado pelo traçado a partir da Rua José do Patrocínio, no Macuco, que implicará na desapropriação de 59 imóveis. A desvantagem do projeto defendido pela APS é que ele exigiria de uma baldeação dos passageiros do VLT para acessar o túnel.

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“Destaca-se que a garantia da justa indenização apresenta dois objetivos principais: garantir a segurança jurídica do proprietário e servir como instrumento de justiça social, mitigando os eventuais impactos da desapropriação, de modo a evitar a marginalização econômica dos expropriados, garantindo a distribuição equitativa dos custos sociais da desapropriação", ressalta o parecer da APS.

E mais: “Para a legitimidade do processo, a APS entende que é necessário que as indenizações correspondam ao valor de mercado no momento da desapropriação, preservando o equilíbrio socioeconômico de forma a mitigar a transferência compulsória da propriedade privada para o domínio público, fortalecendo a relação Porto-cidade”. 

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