Cotidiano

Após reintegração de posse, tensão em São Paulo começa a ser controlada

Devido à resistência em sair do imóvel, houve confronto com a Polícia Militar. Enquanto moradores arremessavam móveis e pedras das janelas do prédio, a PM revidava com tiros de borracha

Publicado em 16/09/2014 às 14:15

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Apesar de a reintegração de posse de um prédio na esquina da Avenida São João com a Ipiranga, na região central da cidade, já ter sido finalizada e não restarem mais famílias no interior do imóvel, a situação na área continuava tensa no final da manhã, mas já a caminho de ser controlada pela Tropa de Choque da Polícia Militar (PM). Em diversos locais, houve tumulto, inclusive com saque a lojas e com um ônibus e uma cabine de fiscais da SPTrans incendiados.

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A reintegração de posse do edifício de 20 andares, onde no passado funcionava o Hotel Aquárius, ocupado por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente de Luta por Moradia (FLM), começou no início da manhã de hoje (16), Os moradores tinham sido avisados da operação há dez dias.

Devido à resistência em sair do imóvel, houve confronto com a Polícia Militar que acompanhava a ação. Enquanto moradores arremessavam móveis e pedras das janelas do prédio, a PM revidava com tiros de borracha e bombas de efeito moral.

Em diversos locais, houve tumulto, inclusive com saque a lojas e com um ônibus e uma cabine de fiscais da SPTrans incendiados (Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)

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De acordo com o comandante da Tropa de Choque, coronel Nivaldo César Restivo, o tumulto e a confusão verificados posteriormente no centro podem não estar ligados diretamente aos movimentos e à reintegração de posse. Para ele, a confusão pode ter sido promovida por uma parte da população flutuante do local, que se aproveitou do ambiente favorável para promover saques em lojas.

“Os maiores focos de concentração de baderneiros já foram dispersados. No entanto, ainda observamos alguns pontos isolados com grupos menores que estão tentado promover saques, furtos e roubos na região, mas estamos atentos, e toda nossa tropa está circulando na região para evitar isso”, disse o coronel Restivo.

Ele não soube informar o número de pessoas presas na operação, nem o total de lojas saqueadas e disse que esses dados serão informados com precisão mais tarde. Por motivo de estratégia, o comandante da tropa não informou qual o efetivo policial em ação.

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Segundo ele, a Tropa de Choque vai imediatamente a todos os pontos sobre os quais se noticia algum tipo de confusão. “Há pequenos grupos que se dispõem a sair de um local para fazer desordem em outro lugar. Então, de certa maneira, existe uma organização, o que não quer dizer que tudo o que está acontecendo seja orquestrado por um único grupo”, ressaltou Restivo.

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