Cotidiano
O Partido do presidente Recep Tayyip Erdogan, terá que se entender pela primeira vez com uma leva de curdos, armênios, cristãos, assírios, yazidis e romas
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Após não conseguir a maioria no Parlamento pela primeira vez desde 2002, integrantes do governo tentam nesta terça-feira formar um governo e acabar com as incertezas políticas que assombram o país.
Duas semanas após a eleição nacionais, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), do presidente Recep Tayyip Erdogan, terá que se entender pela primeira vez com uma leva de curdos, armênios, cristãos, assírios, yazidis e romas eleitos, assim como um recorde de 98 mulheres que chegaram ao parlamento de 550 cadeiras. Esta é tida como a Assembleia mais diversa em mais de meio século.
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O fracasso em criar um novo governo pode acabar na convocação de uma nova eleição, adicionando ainda mais instabilidade em um país que sofre com problemas econômicos, sobreapreciação da moeda, a lira turca, tensões entre as instituições políticas e um conflito militar na fronteira com a Síria.
"A Turquia não tem paciência para perder tempo", disse Erdogan no domingo. "Eu desejo formar um governo o mais rápido possível."
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Erdogan tem liderado o país nos últimos doze anos, no início como primeiro-ministro, depois como presidente. Na última eleição, porém, cerca de 60% dos eleitores rejeitaram sua ideia de mover poderes do gabinete do premiê para o presidente. Os três principais partidos oposicionistas agora lutam para mostrar que podem ocupar o espaço perdido pelo AKP.
Hoje, o partido de Erdogan tem 18 assentos a menos do que os 276 necessários para formar o governo de maioria, e bem menos do que os 330 desejados pelo presidente para reformar a constituição.
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