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Forças de segurança do Afeganistão realizaram disparos de advertência nesta quarta-feira (11) perto do palácio presidencial em Cabul, onde milhares de pessoas manifestavam contra a violência dirigida à minoria xiita hazara, segundo informações da polícia.
"Houve disparos de advertência para o ar. Os manifestantes estão se dispersando, e ninguém ficou ferido", informou Sayed Gul Agha Rohani, chefe-adjunto da polícia em Cabul, sem informar se os disparos foram feitos pela polícia, pelo Exército ou pela guarda presidencial.
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Aproximadamente 10 mil pessoas realizavam protestos em Cabul para pedir o fim da violência contra os hazaras depois que sete integrantes da etnia foram decapitados na semana passada no sudeste do país.
Aos gritos de "vingança!" e "respeito!", os manifestantes, muitos deles hazaras, se dirigiram para o palácio presidencial levando os caixões das sete vítimas.
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O Taleban e a milícia radical Estado Islâmico são acusados pela população como autores da decapitação de quatro homens, duas mulheres e uma criança.
Os corpos foram descobertos no domingo pelas autoridades na província de Zabul, onde ocorreram combates entre os dois grupos jihadistas rivais.
Os hazaras, em sua maioria xiitas, habitam o Afeganistão desde o século 13 e representam 10% da população afegã. São constantemente vítimas da perseguição de muçulmanos sunitas.
Entre 1996 e 2001, foram perseguidos pelos talebans sunitas quando estes dirigiam o país.
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Segundo os hazaras, as autoridades afegãs não protegem suficientemente a comunidade.
Na terça-feira (10), os serviços de inteligência do Afeganistão anunciaram a libertação de oito reféns hazaras na província de Ghazni, no centro do país, pouco depois de o presidente Ashraf Ghani assegurar que as tropas do país farão o possível para encontrar os assassinos dos hazaras decapitados.