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A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) decidiu fechar seu hospital na cidade afegã de Kunduz, no norte do país, depois de o edifício ter sido atingido por ataques aéreos dos EUA na madrugada de sábado, ato que a organização classificou como crime de guerra. Doze funcionários e 10 pacientes foram mortos e grande parte da instalação destruída.
A organização atribuiu os ataques aos militares dos EUA, que mantém uma pequena presença no país e apoia o exército afegão por terra e ar em Kunduz, já que os insurgentes do Taleban invadiram a cidade na segunda-feira. O Exército dos EUA disse que realizou um ataque aéreo nas proximidades do hospital para proteger forças americanas que estavam realizando operações especiais no terreno que ficaram sob fogo inimigo. O Exército reconheceu que a unidade médica pode ter sido danificada pela ação. Mas ainda não estão certos sobre onde os explosivos foram lançados e por quanto tempo, disseram as autoridades militares.
O MSF disse que o edifício principal do hospital foi atingido com precisão por mais de uma hora, mesmo depois de terem alertado as autoridades militares americanas e afegãs. Informaram também que já haviam compartilhado sua localização exata com autoridades em Cabul e Washington.
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Oficiais militares estão conduzindo três investigações separadas na sequência dos ataques aéreos sobre o hospital em Kunduz. A missão liderada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão disse que vai liberar os resultados da sua investigação preliminar dos bombardeios em alguns dias. Os EUA e o governo afegão estão realizando uma investigação conjunta, e os militares dos EUA estão fazendo seu próprio inquérito sobre o incidente.
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