Cotidiano

Apesar do cessar-fogo, 13 pessoas morrem por dia no conflito da Ucrânia

O número de pessoas que deixaram o Leste para outras regiões do país, para fugir do confronto, quase dobrou nos últimos dois meses: de 275 mil, em 18 de setembro, para 467 mil, ontem (19)

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 20/11/2014 às 17:16

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Relatório das Nações Unidas, divulgado hoje (20), mostra que o número de mortos no conflito entre rebeldes separatistas e o Exército, no Leste da Ucrânia, continua crescendo, apesar do acordo de cessar-fogo assinado em 5 de setembro. Pelo menos 4.317 pessoas morreram e 9.921 ficaram feridas de abril a novembro deste ano.

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Desde que o cessar-fogo foi anunciado, 13 pessoas morrem por dia, em média, na região. “Há total desrespeito à lei e à ordem nos dois estados autoproclamados independentes. Pessoas continuam a ser mortas, ilegalmente presas e torturadas. Não há nenhum respeito pelas normas internacionais dos direitos humanos”, disse o diretor para as Américas, Europa e Ásia Central do Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas, Gianni Magazzeni.

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De acordo com o relatório, feito pela Missão das Nações Unidas para o Monitoramento dos Direitos Humanos na Ucrânia, o número de pessoas que deixaram o Leste para outras regiões do país, para fugir do confronto, quase dobrou nos últimos dois meses: de 275 mil, em 18 de setembro, para 467 mil, ontem (19).

O relatório menciona a presença contínua de grande quantidade de armamento sofisticado e de soldados estrangeiros na região de fronteira, sem especificar se são tropas russas. O governo russo nega a acusação de que estaria fornecendo suprimentos, armas e soldados aos rebeldes separatistas.

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Amanhã (21), quando a Ucrânia celebrará um ano dos protestos que derrubaram o líder pró-russo Viktor Yanukovich do Poder, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitará Kiev (capital do país), onde se reunirá com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e o primeiro-ministro, Arseni Yatsenyuk. O principal assunto em pauta será a violação do acordo de cessar-fogo assinado em setembro.

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