Cotidiano

Apesar de vandalismo, área é reintegrada em Cubatão

Ônibus e caminhão foram incendiados no início da reintegração da posse na Vila Teimosa; 70 famílias residiam no local

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/01/2015 às 10:44

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Continua depois da publicidade

Ontem, durante todo o dia, a Polícia Militar executou a reintegração de posse na Vila Teimosa, em Cubatão. Cerca de 70 famílias — um total de 173 pessoas — moravam no terreno, uma área pública localizada no trevo ao lado do km 53+800 da Rodovia Anchieta, bairro Fabril. O juiz Rodrigo de Moura Jacob, da 4ª Vara do Foro de Cubatão, determinou a desocupação da área, atendendo uma solicitação do Ministério Público.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

No início da desocupação, parte dos moradores se manifestou e chegou a queimar um ônibus do transporte intermunicipal da Região e um caminhão. Parte do trecho de serra da Rodovia Anchieta precisou ser interditada. Após o incidente, a reintegração ocorreu normalmente.

As primeiras famílias chegaram ao terreno em 1994. Ao longo dos anos, a invasão foi aumentando. A maioria dos moradores se instalou no local em 2010. Atualmente, há cerca de 70 famílias, com 173 pessoas, no terreno. As pessoas construíram casas de alvenaria e de madeira no local, que é área de preservação ambiental e faz parte do Parque Estadual Serra do Mar.

Antes da ação, a Polícia Militar comunicou os moradores da data da reintegração de posse e participou de reuniões com representantes dos órgãos envolvidos na ação, como Conselho Tutelar, Secretaria Municipal de Segurança, Secretaria de Assistência Social de Cubatão e Companhia Municipal de Trânsito.

Continua depois da publicidade

Ônibus foi incendiado para tentar evitar desocupação (Foto: Divulgação)

Prefeitura

Segundo a Prefeitura de Cubatão, diversas reuniões com os moradores no sentido de buscar soluções que minimizem o problema social, como a inclusão dos moradores em projetos habitacionais futuros, inclusive um pleito para que fosse retardada a execução judicial de reintegração de posse.

Continua depois da publicidade

“Desde o início, a Administração Municipal ofereceu todo apoio logístico para as famílias que quisessem deixar o local, com o transporte e guarda de móveis em depósitos da PMC. E também atendimento social, por meio da Secretaria de Assistência Social, para inclusão em programas sociais da Prefeitura e do Governo Federal”.

A Prefeitura encaminhou ofício à Secretaria de Estado da Habitação, solicitando abrigo para as famílias que necessitarem desse tipo de atendimento. Das 70 famílias que residiam na área, apenas cinco são cadastradas em projetos habitacionais e têm direito a auxílio-moradia.

Continua depois da publicidade

Mais lidas

Conteúdos Recomendados

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software