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Um apagão temporário deixou grande parte da Venezuela sem energia elétrica nesta sexta-feira, interrompendo um anúncio presidencial na televisão.
As autoridades disseram que um defeito na subestação de Arenosa, que está localizada no Estado central de Carabobo, causou a queda generalizada de energia, que começou por volta das 15h (horário local). A imprensa local informou que mais da metade dos 23 Estados do país ficaram no escuro junto com a capital Caracas.
Em entrevista por telefone divulgada na rede de televisão local Globovision, o ministro de Energia Elétrica, Jesse Chacón, prometeu que a eletricidade em breve começaria a voltar para as áreas afetadas. "Estamos fazendo todo o possível para descobrir o que causou a falha e rapidamente restabelecer serviço em Caracas e em outras áreas".
Mais tarde, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, retomou uma aparição televisionada do palácio presidencial e disse que a eletricidade tinha sido restaurada na maioria das áreas. "Em tempo recorde, restauramos a energia", disse o presidente, antes de fazer anúncios previamente agendados.
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Embora a Venezuela tenha uma das maiores reservas de petróleo do mundo, o país tem enfrentado dificuldades no setor elétrico por causa de sua rede instável. O apagão de sexta-feira foi o terceiro grande incidente deste tipo em menos de um ano.
Os críticos do governo dizem que o investimento insuficiente no setor deixou a Venezuela com uma infraestrutura em ruínas diante da crescente demanda por eletricidade. O governo nacionalizou o setor em 2007.
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Maduro atrelou os problemas elétricos a uma suposta sabotagem voltada contra seu governo por inimigos ideológicos, incluindo Washington e oposição política da Venezuela. Ele também prometeu investigar a causa do apagão desta sexta-feira.
"Vamos iniciar uma investigação. Sabemos que há grupos de pessoas enlouquecidas. Direitistas que querem destruir o país", disse Maduro.
A dependência da Venezuela em energia hidrelétrica, que fornece cerca de 70% da eletricidade do país, também deixa o país vulnerável à seca. O governo tem respondido com frequência aos problemas no fornecimento de energia com racionamento, o que tem limitado acentuadamente o crescimento nos setores industriais do país.
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