Alunos participam de várias atividades e oficinas na sede da Apae, em Itanhaém / Nayara Martins/DL
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A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Itanhaém pretende construir a sua nova sede até o ano de 2025. A Apae, que funciona no município desde setembro de 2008, atende a 356 famílias que possuem filhos com deficiência mental.
O presidente da Apae de Itanhaém, Marcos Basiquetto Martins, afirma que a Apae surgiu em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, em 1954, fundada por uma cônsul que veio dos Estados Unidos.
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Hoje são 2.200 entidades no Brasil e 308 no estado de São Paulo.
“A entidade tem a missão de promover e articular as ações de defesa e de direitos, além de dar orientações e apoio às famílias voltadas à melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência”, esclarece.
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Marcos Martins, ao assumir a entidade em 2019, havia 45 famílias atendidas. Hoje, a Apae atende a 356 famílias que têm pessoas com deficiência mental.
Itanhaém possui 112.476 mil habitantes, sendo 54% da população inscritas no Cadastro Único. E são 1.496 pessoas com deficiência mental no município.
A Apae conta com o atendimento de um médico neurologista, a cada 15 dias, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde. São 12 pessoas atendidas ao mês. A entidade possui ainda duas psicólogas, fisioterapeuta e um professor de Educação Física atendendo os usuários e as famílias.
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A coordenadora geral da Apae, Claudia Adoglio, lembra que o atendimento é feito em conjunto com as famílias. São realizados encontros, a cada 15 dias, entre as famílias, as assistentes sociais e a psicóloga social na entidade.
“É nítida a participação das famílias que são trabalhadas na Apae e temos obtido ótimos resultados junto aos deficientes”, ressalta Claudia.
No projeto “Crescer Juntos”, as assistentes sociais visitam as casas das famílias para saber as principais demandas de cada uma.
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Há ainda a distribuição de cestas básicas para 30 famílias atendidas ao mês, por meio de uma parceria com o atacadista Tenda que fornece os produtos.
A coordenadora de projetos Débora Nóbrega explica que a entidade desenvolve vários projetos e oficinas com as pessoas com deficiência (PCDs). São 13 voluntários que atuam nas salas junto às oficinas desenvolvidas com os alunos.
Um dos projetos é o “Transformando Vidas”, que trabalha com os deficientes a socialização e a culinária. Além de várias atividades, como teatro, dança, taekowdo, artesanato e outras.
“A ideia é que eles dependam cada vez menos da família e possam ter independência e ajudar em casa, como tomar banho sozinho, escovar os dentes e ter mais autonomia”. Segundo ela, esse trabalho já teve resultados positivos na relação entre os alunos e as famílias.
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Outro projeto é “Uma jornada de oportunidade” que trabalha a parceria feita com o comércio local para que os deficientes sejam preparados a ingressar no mercado de trabalho.
“É muito importante, pois já indicamos vários usuários que foram trabalhar em comércios da Cidade”.
Débora lembra que o comércio deve estar preparado para receber uma pessoa com deficiência e haver um acolhimento para recebê-los. A Apae também fornece apoio ao comércio para receber os PCDs.
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Há ainda uma parceria feita com o Lions Clube que oferece sua sede. No local acontecem, três vezes por semana, as atividades dos alunos. E um brechó de roupas usadas onde são vendidas a valores acessíveis às famílias.
O espaço onde funciona a Apae é um local cedido até o ano de 2032 à entidade. A Apae ganhou um terreno no Belas Artes e está em fase final do projeto para construir a sede própria. O terreno foi doado pela Santa Casa de Santos.
“Há o interesse de uma grande empresa de São Paulo em financiar os custos para a construção da nova sede. Nosso desafio é de até 2025 iniciar a construção do local”, revela o presidente.
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Na Apae são atendidos 72% dos usuários são do sexo masculino e 27% do feminino. Na faixa etária até 10 anos são 43% dos usuários; de 11 a 20 anos são 32%; de 21 a 30 anos são 11% e de 31 a 65 anos são 12%.
Do total atendidos 50% são autistas, 12% são síndrome de Down; 6% são com paralisia cerebral e 31% com outras deficiências.
Aos interessados em conhecer o trabalho, a entidade fica na Rua Ana Maria Martins Rivera, 10, no Jardim Corumbá, em Itanhaém.
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