Cotidiano

Apae quer construir sede própria até 2025 em Itanhaém, no litoral de SP

Entidade atende a 356 famílias e oferece diversas atividades aos alunos com deficiência mental na Cidade

Nayara Martins

Publicado em 30/09/2024 às 08:00

Atualizado em 30/09/2024 às 08:37

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Alunos participam de várias atividades e oficinas na sede da Apae, em Itanhaém / Nayara Martins/DL

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Itanhaém pretende construir a sua nova sede até o ano de 2025. A Apae, que funciona no município desde setembro de 2008, atende a 356 famílias que possuem filhos com deficiência mental.

O presidente da Apae de Itanhaém, Marcos Basiquetto Martins, afirma que a Apae surgiu em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, em 1954, fundada por uma cônsul que veio dos Estados Unidos. 

Hoje são 2.200 entidades no Brasil e 308 no estado de São Paulo.

“A entidade tem a missão de promover e articular as ações de defesa e de direitos, além de dar orientações e apoio às famílias voltadas à melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência”, esclarece.

Marcos Martins, ao assumir a entidade em 2019, havia 45 famílias atendidas. Hoje, a Apae atende a 356 famílias que têm pessoas com deficiência mental. 

Itanhaém possui 112.476 mil habitantes, sendo 54% da população inscritas no Cadastro Único. E são 1.496 pessoas com deficiência mental no município.

A Apae conta com o atendimento de um médico neurologista, a cada 15 dias, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde. São 12 pessoas atendidas ao mês. A entidade possui ainda duas psicólogas, fisioterapeuta e um professor de Educação Física atendendo os usuários e as famílias.

A coordenadora geral da Apae, Claudia Adoglio, lembra que o atendimento é feito em conjunto com as famílias. São realizados encontros, a cada 15 dias, entre as famílias, as assistentes sociais e a psicóloga social na entidade.

“É nítida a participação das famílias que são trabalhadas na Apae e temos obtido ótimos resultados junto aos deficientes”, ressalta Claudia.

No projeto “Crescer Juntos”, as assistentes sociais visitam as casas das famílias para saber as principais demandas de cada uma.

Há ainda a distribuição de cestas básicas para 30 famílias atendidas ao mês, por meio de uma parceria com o atacadista Tenda que fornece os produtos.

Projetos

A coordenadora de projetos Débora Nóbrega explica que a entidade desenvolve vários projetos e oficinas com as pessoas com deficiência (PCDs). São 13 voluntários que atuam nas salas junto às oficinas desenvolvidas com os alunos.   
          
Um dos projetos é o “Transformando Vidas”, que trabalha com os deficientes a socialização e a culinária. Além de várias atividades, como teatro, dança, taekowdo, artesanato e outras. 

“A ideia é que eles dependam cada vez menos da família e possam ter independência e ajudar em casa, como tomar banho sozinho, escovar os dentes e ter mais autonomia”. Segundo ela, esse trabalho já teve resultados positivos na relação entre os alunos e as famílias.

Outro projeto é “Uma jornada de oportunidade” que trabalha a parceria feita com o comércio local para que os deficientes sejam preparados a ingressar no mercado de trabalho. 

“É muito importante, pois já indicamos vários usuários que foram trabalhar em comércios da Cidade”.

Débora lembra que o comércio deve estar preparado para receber uma pessoa com deficiência e haver um acolhimento para recebê-los.  A Apae também fornece apoio ao comércio para receber os PCDs.

Há ainda uma parceria feita com o Lions Clube que oferece sua sede. No local acontecem, três vezes por semana, as atividades dos alunos. E um brechó de roupas usadas onde são vendidas a valores acessíveis às famílias. 

Nova sede 

O espaço onde funciona a Apae é um local cedido até o ano de 2032 à entidade. A Apae ganhou um terreno no Belas Artes e está em fase final do projeto para construir a sede própria. O terreno foi doado pela Santa Casa de Santos.  

“Há o interesse de uma grande empresa de São Paulo em financiar os custos para a construção da nova sede. Nosso desafio é de até 2025 iniciar a construção do local”, revela o presidente. 

Na Apae são atendidos 72% dos usuários são do sexo masculino e 27% do feminino. Na faixa etária até 10 anos são 43% dos usuários; de 11 a 20 anos são 32%; de 21 a 30 anos são 11% e de 31 a 65 anos são 12%. 

Do total atendidos 50% são autistas, 12% são síndrome de Down; 6% são com paralisia cerebral e 31% com outras deficiências. 

Aos interessados em conhecer o trabalho, a entidade fica na Rua Ana Maria Martins Rivera, 10, no Jardim Corumbá, em Itanhaém.  

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