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O aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) vai doer no bolso para pelo menos 37 dos 55 vereadores paulistanos. A lista inclui parlamentares que votaram contra e a favor da alta, que em 2014 será de, no máximo, 20% para residências e de 35% para o comércio.
Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra ainda que sete vereadores que votaram favoravelmente ao aumento devem ser beneficiados com o projeto do prefeito Fernando Haddad (PT) aprovado na Câmara Municipal. São eles: Milton Leite (DEM), Ricardo Nunes (PMDB), Arselino Tatto (PT), Alfredinho (PT), Alessandro Guedes (PT), Jair Tatto (PT) e Reis (PT). Os bairros onde eles moram pagarão menos tributo no ano que vem.
De acordo com tabela divulgada pela Prefeitura, 25 distritos da capital tiveram os imóveis desvalorizados nos últimos anos e, por isso, pagarão menos IPTU em 2014. Nos anos seguintes, o reajuste será feito de acordo com a inflação.
A expectativa é de que que 1,5 milhão de contribuintes paguem aumento por quatro anos consecutivos. A partir de 2015, o teto para essa alta será de 10% para imóveis residenciais e de 15% para comerciais.
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Na semana passada, a reportagem entrou em contato com todos os vereadores - 32 responderam onde moram e quanto pagam de imposto por ano (veja quadro ao lado). Dessa lista, ao menos três são isentos: Reis (PT), David Soares (PSD) e Pastor Edemilson Chaves (PP). Os dados revelam ainda que o maior IPTU da Casa é pago pelo vereador Nelo Rodolfo (PMDB): R$ 17 mil. Já o mais baixo é de Toninho Vespoli (PSOL), que paga R$ 514. Os números são anuais.
‘Justiça social’
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Para quem votou a favor do aumento, as novas taxas promovem "justiça social" ao proteger bairros da periferia das maiores altas. "Mas ninguém votou pensando no seu quintal", disse Alfredinho.
O mesmo ressaltou Ricardo Nunes, que até enviou o boleto de pagamento à reportagem para comprovar que atualmente paga R$ 243,35 por mês relativo à sua casa, na região de Cidade Dutra, zona sul de São Paulo. Em 2014, o valor vai cair 1,8%. Já em bairros nobres, como Vila Mariana e Moema, na zona sul, a alta passa de 19%.
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