Cotidiano

Amazônia tem mais mata em regeneração do que em retirada, diz ministra

“Isso significa que temos mais floresta em regeneração do que está sendo retirado”, disse Izabella Teixeira

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 26/11/2014 às 16:46

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Pouco mais de 172 mil quilômetros quadrados (km²) de área desmatada na Amazônia Legal estão em processo de regeneração. Os dados fazem parte do TerraClass 2012, levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), divulgado hoje (26).

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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou que, desse total, 113 mil km² se mantiveram em regeneração no período de 2008 a 2012. “Isso significa que temos mais floresta em regeneração do que está sendo retirado”, disse ela, explicando que no mesmo período foram desmatados cerca de 44,2 mil km² na Amazônia Legal, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes).

O levantamento, atualizado a cada dois anos, começou a ser feito em 2008, e qualifica as áreas mapeadas pelo Prodes, sistema do Inpe que contabiliza o desmatamento na Amazônia Legal. Para o TerraClass 2012 foram mapeados 751 km², o total de desmatamento monitorado desde 1988, o que representa 18,5% da área da Amazônia.

Pouco mais de 172 mil quilômetros quadrados (km²) de área desmatada na Amazônia Legal estão em processo de regeneração (Foto: Divulgação)

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O TerraClass leva em conta 12 critérios temáticos. Em 2012, além da área em regeneração, que representa 22,92% da área desmatada, cerca de 345,4 mil km² (45,97%) eram de pastos limpos. Pastos sujos eram 50,4 mil km² (6,72%) e agricultura 42,3 mil km² (5,64%).

O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, ressalta, entretanto, a expansão agrícola sobre as áreas de pastagens. “Temos um percentual de cultivos relativamente pequeno. Os cerca de 60% que foram transformados em pastagens agora estão alimentando outros usos ou se tornando florestas novamente”, disse ele, e ressaltou que a agricultura ocupou apenas 2% do desmatamento recente, de 2010 a 2012.

Para ele, as políticas públicas de estímulo ao uso de tecnologias da agricultura de baixa emissão de carbono (ABC), como a integração lavoura-pecuária, fizeram com que a agricultura deixasse de pressionar a floresta e ocupasse as áreas de pastagens.

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Lopes informou ainda que no dia 1º de dezembro estará disponível na internet, no www.inpe.br/cra/terraclass2012, uma plataforma com a base de dados do TerraClass, com a possibilidade de fazer combinações e cruzar dados também por estados e municípios.

Segundo a ministra, também será possível comparar esses dados com os do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e “integrar as políticas públicas, aperfeiçoando aquilo que vamos recuperar pelo CAR e consolidando as tecnologias ABC, na revisão do Plano Nacional sobre Mudança do Clima”.

 

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