Cotidiano
Doença já matou mais de 9 mil casos registrados em sete países Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri, os mais afetados, e Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos
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Após a reunião de cúpula em Havana para discutir ações de combate ao ebola, os países-membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) definiram um plano de ação integrado com 23 pontos para enfrentar a epidemia que já matou mais de 4 mil pessoas na África Ocidental. Além de mais de 9 mil casos registrados em sete países (Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri, os mais afetados, e Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos).
Os pontos definidos na reunião de cúpula extraordinária da Alba, que contou com chefes de Estado e ministros da Saúde de 12 países da América Latina e do Caribe, entre eles Raúl Castro, de Cuba, Nicolás Maduro, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, destacam a preocupação e prioridade do bloco no combate ao ebola, prevenindo a entrada do vírus na região e atuando com profissionais na África.
A prevenção nos países da região será sistematizada por meio da Rede de Vigilância Epidemiológica da Alba, cuja criação foi acordada durante reunião de ministros da Saúde do bloco em fevereiro deste ano, em Caracas. Também serão reforçadas ações de vigilância e controle epidemiológico nas fronteiras, principalmente nos portos e aeroportos.
O plano também prevê apoio às equipes médicas voluntárias cubanas, especializadas no enfrentamento a desastres e grandes epidemias, que trabalham na África. Depois de ter enviado, no início do mês, 165 médicos e enfermeiros a Serra Leoa, Cuba mandou hoje mais 91 profissionais (39 médicos e 48 enfermeiros) para a Libéria e Guiné-Conacri.
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“Nesse sentido, expressamos nossa disposição como Aliança Bolivariana em contribuir com pessoal de saúde altamente qualificado, para que se somem aos esforços deste contingente em tarefas que sejam requeridas na região latino-americana e caribenha”, informa o documento assinado pelo grupo.
Outros pontos prioritários destacados são o estabelecimento de mecanismos nacionais para diagnosticar e isolar rapidamente os supostos casos de infecção, levando em conta os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o esforço para a formação de pessoal de saúde especializado na prevenção e combate ao ebola nos países da Alba a partir da experiência acumulada.
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Nos dias 29 e 30 de outubro, especialistas e técnicos dos países-membros da Alba voltam a se reunir na capital cubana para fechar os últimos detalhes do plano de ação que os ministros da Saúde do bloco devem finalizar até 5 de novembro. Ontem (20), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu à comunidade internacional para seguir o exemplo da Alba na luta contra o ebola.
Recentemente, o governo brasileiro anunciou que enviará mais dez kits de medicamentos e insumos, suficientes para atender cerca de 5 mil pessoas por três meses, e ajuda humanitária de R$ 13,5 milhões em alimentos para os três países mais afetados pela epidemia de ebola: Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria. Ao todo, serão enviados, por meio do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, 6,4 mil toneladas de arroz beneficiado e 4,6 mil toneladas de feijão. Anteriormente, o Brasil já havia enviado 14 kits para os três países e doado R$ 1 milhão à OMS.