Cotidiano
Especialistas alertam para os riscos da inalação de aerossóis e reforçam a importância da vigilância parental frente aos conteúdos consumidos na internet
Sarah Raíssa, de 8 anos, foi a vítima mais recente do desafio viral / Reprodução/Instagram
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Um novo e perigoso desafio viral tem circulado nas redes sociais, colocando em risco a vida de crianças e adolescentes. Conhecido como o "Desafio do Desodorante", essa prática consiste em inalar o spray de desodorantes aerossóis, o que pode levar a sérias complicações de saúde e até à morte.
No último dia 13 de abril, Sarah Raíssa Pereira de Castro, de 8 anos, faleceu em Ceilândia, Distrito Federal, após supostamente participar do desafio. A menina foi encontrada desacordada com um frasco de desodorante ao lado e o celular reproduzindo o vídeo do desafio.
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Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória, foi reanimada, mas teve morte cerebral confirmada dias depois. A Polícia Civil do DF instaurou inquérito para investigar o caso e identificar os responsáveis pela disseminação do conteúdo nas redes sociais.
Em março de 2025, Brenda Sophia Melo de Santana, de 11 anos, faleceu após participar do desafio em Bom Jardim, Pernambuco. A menina sofreu uma parada cardiorrespiratória após inalar o desodorante e não resistiu.
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Outro caso ocorreu em Salinópolis, Pará, em setembro de 2022, quando Iarlen Augusto Santa Brigida da Silva, de 12 anos, foi encontrado sem vida após supostamente realizar o mesmo desafio.
Em São Bernardo do Campo, São Paulo, Adrielly Gonçalves, de 7 anos, morreu em 2018 após inalar desodorante enquanto tentava imitar vídeos do desafio que viu na internet.
Esses desafios são especialmente perigosos para crianças e adolescentes, que muitas vezes não têm plena consciência dos riscos envolvidos. A inalação de desodorantes aerossóis pode causar asfixia, parada cardíaca e danos cerebrais irreversíveis.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica esses "jogos perigosos" como distúrbios comportamentais, destacando o aumento do risco de consequências prejudiciais à saúde mental e física.
É fundamental que os pais e responsáveis estejam atentos ao conteúdo que seus filhos acessam na internet. Conversas abertas sobre os perigos desses desafios, monitoramento do uso das redes sociais e estabelecimento de regras claras podem ajudar a prevenir tragédias.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que os pais eduquem e orientem as crianças sobre o uso consciente da internet, destacando a importância de discernir entre o certo e o errado.
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A prevenção começa em casa, com diálogo e vigilância. É essencial que a sociedade como um todo esteja ciente dos riscos e trabalhe para proteger nossas crianças desses perigos virtuais.