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Autoridades alemãs viajarão para os Estados Unidos "em breve" para conversações sobre as acusações de espionagem norte-americana, incluindo a suspeita de que o telefone celular a chanceler Angela Merkel foi monitorado pela Agência Nacional de Segurança (NSA), informou Berlim nesta sexta-feira.
Os diretores das agências de inteligência doméstica e externa da Alemanha participarão de negociações com representantes da Casa Branca e da NSA, informou o porta-voz do governo Georg Streiter, que disse também que a composição exata do grupo ainda não foi determinada. Ele não divulgou uma data específica para a viagem, mas afirmou que ela será organizada num "prazo relativamente curto".
Líderes da União Europeia (UE), reunidos em Bruxelas, prometeram manter a forte parceria com os Estados Unidos, apesar da irritação com as acusações de ampla espionagem norte-americana contra seus aliados. Mas , França e Alemanha insistem que novas regras sobre monitoramento devem ser definidas com Washington ainda neste ano.
"Estamos buscando uma base para cooperação entre nossos serviços (de inteligência), dos quais todos precisamos e dos quais todos recebemos uma grande quantidade de informações...que seja transparente, claro e esteja em consonância com o fato de sermos parceiros", disse Merkel.
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O presidente francês François Hollande declarou "que o que está em jogo é a preservação de nossas relações com os Estados Unidos". Ele afirmou que a "confiança tem de ser retomada e reforçada."
A maioria dos líderes da UE compartilha a visão de que a boa parceria superou o profundo ressentimento a respeito da suposta espionagem realizada pelos serviços de segurança norte-americanos.
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A presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, cujo país está na presidência rotativa da UE, disse que "a principal coisa é olharmos para o futuro. A parceria transatlântica foi e é importante".
Na quarta-feira, Merkel fez reclamações ao presidente Barack Obama depois de seu governo ter recebido informações de que o telefone celular da chanceler pode ter sido monitorado. Merkel e Hollande afirmaram que, além de serem totalmente informados sobre o que aconteceu no passado, os aliados europeus e Washington precisam estabelecer regras comuns para vigilância, que não atrapalhem os direitos fundamentais de seus aliados.
"Os Estados Unidos e a Europa são parceiros, mas esta parceria deve ser construída sobre a confiança e o respeito", declarou Merkel na manhã desta sexta-feira. "Obviamente, isso também inclui o trabalho dos respectivos serviços de inteligência."
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