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“E Jesus disse-lhe: amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Um dos maiores preceitos da Bíblia Sagrada está em Mateus, capítulo 22. O amor ao seu semelhante não foi só documentado, mas como também enaltecido por Jesus Cristo no Novo Testamento.
O médium Chico Xavier, maior referência no Espiritismo, também usa as palavras do Filho de Deus para os cristãos para ensinar sobre fraternidade: “O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros”.
Já para os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, os mórmons, o amor ao próximo é ainda mais precioso. Para eles, o amor perfeito é chamado de “caridade” e é o puro amor de Cristo. É por isso que a doutrina vai abrir a série “Além da Fé”, desenvolvida pela Reportagem do Diário do Litoral para mostrar o que as religiões fazem pelo próximo sem olhar sua condição financeira ou sua crença.
Você já deve ter ouvido falar dos mórmons. Possivelmente, já conversou com eles na porta de casa, geralmente visitada pelos missionários da igreja, encarregados de levar a palavra de Deus a quem quiser ouvir. Eles andam em duplas, nas periferias das cidades, evangelizando através do que aprendem em sua doutrina. Quem os vê, pouco imagina o tamanho que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem.
Ela desenvolve e apoia diversos programas sociais ao redor do mundo. Projetos que objetivam a melhoria de vida de comunidades em que faltam recursos naturais, sociais e econômicos para o exercício da autossuficiência. Entre as ações, a maior delas: o projeto Mãos Que Ajudam.
O programa completa 15 anos no próximo mês e é, genuinamente, brasileiro. Com ações pelo mundo inteiro, o projeto é uma proposta permanente de ajuda humanitária e de serviço comunitário que mobiliza milhares de voluntários, membros e amigos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em parceria com empresas privadas, órgãos governamentais, veículos de comunicação, ONGs e instituições religiosas.
As ações realizadas pela Igreja já beneficiaram todas as capitais da federação e cerca de 200 outras cidades: reformas em escolas públicas; assistência a hospitais, orfanatos, creches e asilos; recuperação e limpeza de praças, parques e praias e doação de sangue, além de mão de obra voluntária e ajuda material em situações de emergência e calamidade pública.
No próximo dia 25 de julho, a Igreja irá se mobilizar mais uma vez para o projeto "Mãos que Ajudam a Promover e Defender a Liberdade Religiosa". “Para nós é muito importante mostrar para todo o mundo que todas as religiões devem conviver muito bem. Não existe antagonismo. Todas elas devem adorar a quem elas quiserem, a quem bem entenderem e da forma que entenderem. Nós temos que respeitar cada um. Esta ação será voltada a ajudar uma religião em algo que eles precisem. Por exemplo, a Igreja Católica tem uma ONG que cuida de crianças e esta entidade precisa de reforma, nós vamos lá e fazemos este serviço.
Assim também com outras religiões”, afirma o diretor regional de Assuntos Públicos da Igreja, Givaldo do Nascimento.
O projeto trabalha com pequenas ações ao longo do ano, de acordo com a necessidade local, no Brasil inteiro. E mais dois grandes eventos coletivos anuais. Cada regional trabalha da forma que escolher de acordo com o tema proposto. “No próximo dia 25, mais de 130 mil voluntários estarão trabalhando em ações em todo o País”, complementa a diretora assistente de Relacionamento com a Mídia, Ingrid Rolemberg.
O próximo como meta
Um ano após a criação do programa “Mãos Que Ajudam”, em dezembro de 2001, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias foi reconhecida pela ONU por conta do serviço voluntário que realiza no Brasil.
Os mórmons se orgulham do projeto, realizado sem levar em conta a nacionalidade ou a religião das pessoas. “O serviço humanitário pode incluir ajuda de emergência em desastres naturais, como terremotos ou tsunamis, ou desastres causados pelo homem, como os efeitos da guerra e da fome. Pode também ser parte de um trabalho de longo prazo para atender às necessidades mais sérias e complexas, como alívio de doenças”, explica Nascimento.
Assim como em várias cidades do mundo, os cubatenses já contaram com as mãos dos mórmons em momentos difíceis: há dois anos, em fevereiro de 2013, um temporal destruiu bairros da Cidade e a enchente provocada pela chuva destruiu centenas de moradia. Para ajudar, a Igreja reuniu cerca de 300 voluntários para “proporcionar um pouco de consolo às famílias afetadas”.
É assim que o “Mãos Que Ajudam” age: horas após um desastre, a Igreja trabalha com líderes do governo locais para determinar quais suprimentos e alimentos são necessários. O material é então imediatamente enviado à área.
Assim que as necessidades mais urgentes são atendidas, a Igreja procura maneiras adicionais de ajudar com as necessidades de longo prazo da comunidade. O objetivo da Igreja é ajudar as pessoas a tornarem-se autossuficientes ao ensinar habilidades e fornecer recursos para uma vida autossustentável.
As doações, feitas principalmente por membros da Igreja, mas também por pessoas do mundo todo, são usadas para viabilizar esses projetos de auxílio. Cem por cento das doações feitas ao serviço humanitário da Igreja são usadas no trabalho de auxílio aos necessitados. A Igreja usa outros fundos para custear suas despesas administrativas.
O serviço humanitário da Igreja patrocina atualmente cinco projetos globais para ajudar as pessoas a serem mais autossuficientes. As iniciativas incluem treinamento para reanimação neonatal, projetos de abastecimento de água potável, distribuição de cadeiras de rodas, tratamento oftalmológico e vacinação contra o sarampo.
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