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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avaliou como "normal" a segunda troca no comando nas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) em apenas sete meses. Nesse período, a tropa de elite da Polícia Militar paulista foi comandada pelo tenente coronel Alexandre Gaspar Gasparian. A sua gestão acabou marcada por prisões de policiais suspeitos de execução.
"Essas mudanças são normais. De acordo com a estratégia da polícia, esses cargos de comando estão sempre sendo mudados", afirmou Alckmin nesta segunda-feira, 21, durante inauguração de uma obra às margens do Rio Tietê, na zona norte da capital paulista.
Ainda segundo o governador, a norma da Secretaria de Segurança Pública (SSP) seria fazer as substituições sempre que "entendesse necessário". "As mudanças de comando são feitas pelo secretário da Segurança Pública (Alexandre de Moraes). Não fazemos ingerência na escolha de comandantes", disse.
Gasparian ficou apenas sete meses no comando da Rota, classificada por Alckmin como "extremamente qualificada e importante no combate ao crime". O ex-comandante trocou de cargo com o coronel Alberto Malfi Sardilli, que era da Cavalaria da Polícia Militar. No Diário Oficial do sábado passado, 19, a SSP afirmou que a troca seria por "conveniência de serviço".
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O último caso de prisões de policias da Rota foi no mês passado, quando quatro sargentos, quatro cabos e seis soldados tiveram a prisão decretada pela Justiça Militar por suspeita de participarem do assassinato de dois supostos assaltantes. As vítimas foram vistas sendo abordadas em Guarulhos, na Grande São Paulo, mas apareceram mortas na região de Pirituba, na zona norte da capital. Na ocasião, os PMs alegaram que trocaram tiros com eles no bairro.
Em julho, dois PMs da Rota foram presos junto com outros dois policiais, em Sumaré, no interior do Estado, acusados de tentar matar um rapaz de 22 anos e atirar contra quatro policiais militares acionados para evitar o crime.
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Também era na Rota que o soldado Fabrício Emmanuel Eleutério cumpria funções administrativas quando foi preso sob suspeita de participar da maior chacina da história de São Paulo, que deixou 19 mortos e cinco feridos, em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, em 13 agosto.
Em nota, a Secretaria de SSP informou que a troca entre os comandantes foi uma "decisão estratégica".
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