Cotidiano

Alckmin diz que quem faz transposição do Paraíba é o Rio

"O que nós queremos não é transposição. Transposição ocorre no Rio de Janeiro. Você retira água do Paraíba e não devolve ao rio", disse o governador

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/03/2014 às 16:02

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a defender o projeto de captação de água na represa Jaguari, no Vale do Paraíba, para o Sistema Cantareira nesta segunda-feira, 24. Ele disse que quem faz transposição do Rio Paraíba do Sul é o Rio de Janeiro.

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"O que nós queremos não é transposição. Transposição ocorre no Rio de Janeiro. Você retira água do Paraíba e não devolve ao rio", disse Alckmin. "Aqui não tem nenhuma transposição. Nós estamos fazendo a interligação de dois grandes reservatórios", completou.

Diretores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e o próprio plano diretor de recursos hídricos paulista afirmam, porém, que a obra que pretende captar até 5, 1 mil litros por segundo na represa Jaguari, na bacia do Rio Paraíba do sul, para abastecer a represa Atibainha, do Sistema Cantareira, é uma transposição. O projeto causou polêmica porque o Jaguari é afluente do rio Paraíba, que abastece cerca de 11 milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio. O governador Sérgio Cabral (PMDB) ameaça ir à Justiça para impedir a obra.

Geraldo Alckmin voltou a defender o projeto de captação de água na represa Jaguari, no Vale do Paraíba (Foto: Alexandre Moreira)

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Alckmin nega que a transposição vá impactar no abastecimento de água do Rio. "Cada vez mais as mudanças climáticas estão tornando os ciclos irregulares. Porque quando chove alguns anos, chove demais e a gente pode reservar essa água. E quando tem seca, a seca é muito forte e você pode usar a água reservada, sempre cumprindo as vazões mínimas. É um sistema muito regrado. É um ganha-ganha", disse Alckmin.

O governador assinou nesta segunda a lei que regulamenta a terceira faixa do salário mínimo paulista em R $ 835, válida para algumas categorias, principalmente na área da saúde. Hoje, o piso paulista é, na primeira faixa, de R$ 810. A assinatura ocorreu na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na região central da capital.

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