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O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta quarta-feira, 19, a obra de integração entre o Sistema Cantareira e a represa Jaguari, em Igaratá, no Vale do Paraíba. A medida permitirá a transferência de água entre os reservatórios e aumentará a segurança no abastecimento da população.
“A integração é uma medida inteligente para garantir o fornecimento de água na macrometrópole paulista, formada pelas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba e pela região de Sorocaba”, explicou o governador. A iniciativa terá um investimento estimado de R$ 500 milhões e será executada pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
A elaboração do projeto foi autorizada hoje pelo governador. Serão também providenciadas a outorga (autorização de transferência), o licenciamento ambiental e as liberações da ANA (Agência Nacional de Águas) e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Após esse processo, a obra será executada em 14 meses.
Será construído um conjunto de tubulações com 15 km de extensão para ligar a represa Atibainha, em Nazaré Paulista – parte do Sistema Cantareira –, e a represa Jaguari, na cidade de Igaratá, na bacia do Paraíba do Sul. Por esse conjunto serão bombeados 5.130 litros de água por segundo, em média.
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A obra permitirá o melhor aproveitamento da água armazenada nas diversas represas da macrometrópole. A transferência será feita quando houver sobra na bacia do Paraíba do Sul ou no Sistema Cantareira. Neste caso, a água de um reservatório poderá ser bombeada para o outro.
A represa Jaguari, em Igaratá, tem capacidade para 1,2 bilhão de metros cúbicos de água. Para ter uma ideia do tamanho da represa, sozinha ela armazena 20% mais água do que os quatro reservatórios do Cantareira. Hoje, a Jaguari alimenta o rio Paraíba do Sul, situação que não será afetada pela nova obra. O que acontecerá é que essa represa poderá também receber ou enviar água para o Sistema Cantareira. Há outra represa também chamada Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, localizada em Vargem e Joanópolis, na divisa com Minas Gerais.
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Além da integração entre a bacia do Paraíba do Sul e o Sistema Cantareira, o Governo do Estado possui outra obra de grande porte em andamento para garantir a segurança no abastecimento da população. O novo Sistema São Lourenço vai gerar mais 4.700 litros de água por segundo, volume suficiente para abastecer 1,5 milhão de moradores do oeste da Grande São Paulo: Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista. O investimento de R$ 2,21 bilhões já está contratado e estará pronto em 2018. A iniciativa vai buscar água na represa Cachoeira do França, em Ibiúna, e transportá-la por 80 km de tubulações.
Atualmente, as oito grandes estações de tratamento de água que abastecem a Grande SP têm capacidade instalada para produzir 73 mil litros a cada segundo. Com a entrada do Sistema São Lourenço, esse volume chegará a 77.700 L/s. Os 5.130 litros que poderão ser transferidos da represa de Igaratá para o Cantareira não vão expandir a capacidade de tratamento, mas vão ampliar o volume disponível no sistema, o que aumenta a segurança no abastecimento.
Desde 1995, o Governo do Estado e a Sabesp investiram R$ 9,3 bilhões na ampliação do fornecimento de água para a Grande São Paulo, com um aumento de 15.600 litros por segundo na capacidade de tratamento. É um volume suficiente para abastecer mais 4,7 milhões de pessoas.
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