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Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) decretaram greve por tempo indeterminado na noite desta quarta-feira, dia 4. Em assembleia realizada na Câmara Municipal, cerca de 700 marronzinhos - mais da metade do efetivo - recusaram a proposta de 8% de reajuste salarial feita pela gestão Fernando Haddad (PT) e optaram pela paralisação imediata.
O sindicato que representa a categoria reivindica aumento real de 12,9% e reajuste de 20% nos vales de alimentação e de refeição ofertados pela CET, entre outros benefícios. A empresa já estava avisada sobre a possibilidade de greve desde a última sexta, dia 30.
Sem agentes da CET nas ruas, todo o serviço de orientação do trânsito, aplicação de multas e fiscalização do uso correto de corredores de ônibus, por exemplo, ficam prejudicados. "A população acha que a gente só sabe aplicar multa. Não sabe que o passamos no dia a dia. Somos obrigados a fazer hora extra, acumular funções. Tudo isso sem um plano de carreira, sem concurso público", reclamou um marronzinho.
Vice-presidente do sindicato, Luiz Antônio Queiroz afirma que a cidade de São Paulo precisa de ao menos 4 mil agentes por dia nas ruas. "Temos somente 1,2 mil em atividade, divididos em quatro turnos", disse. Ele não soube dizer qual deve ser a adesão ao movimento, mas a expectativa dos colegas é que a greve envolva praticamente todos os funcionários. Procurada, a CET ainda não havia se manifestado até as 20h20. A última paralisação da categoria ocorreu há cerca de dez anos, durante a gestão da prefeita Marta Suplicy (2000-2004).
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