Continua depois da publicidade
A unidade de Dallas do Centro Americano para Cuidados Médicos e Assistência Médica (Centers for Medicare and Medicaid Services) está examinando as alegações feitas pela União Nacional de Enfermeiros segundo as quais o hospital da cidade, ao tratar seu primeiro paciente com Ebola, não tomou as medidas de proteção necessárias, colocando pacientes e funcionários em risco.
David Wright, administrador regional adjunto da agência, disse que a instituição está avaliando de perto as alegações feitas pelo sindicato em nome dos enfermeiros do Hospital Presbiteriano do Texas, embora esses não sejam formalmente representados pelo sindicato.
Continua depois da publicidade
Ontem à noite, o sindicato divulgou um comunicado no qual os funcionários descrevem uma atmosfera de caos e mudanças de diretrizes de segurança ao tratar Thomas Eric Duncan, a primeira pessoa diagnosticada com ebola nos Estados Unidos.
O comunicado ainda informa que Duncan, ao dar entrada no hospital, foi deixado por horas em uma área com outros pacientes mesmo havendo uma suspeita de ebola e após o chefe de enfermagem ter pedido que ele fosse mantido em uma unidade de isolamento.
Continua depois da publicidade
Os enfermeiros também alegam que o hospital não forneceu equipamento de segurança necessário àqueles que tratavam Duncan. Alguns tiveram que interagir com o doente em momentos de vômito e diarreia intensos, sem a proteção suficiente. O hospital também teria permitido que eles atendessem outros pacientes após tratar Duncan.
O paciente morreu no hospital em 8 de outubro. Dois profissionais de saúde contraíram a doença e 75 estão sendo monitorados por apresentarem possíveis sintomas. Segundo o comunicado, não havia um protocolo do hospital a ser seguido para casos de ebola.
A União Nacional dos Enfermeiros fez duras críticas à forma como os hospitais americanos têm se preparado para tratar casos de ebola, afirmando que os profissionais de saúde não estão apropriadamente equipados e treinados para lidar com a doença.
Continua depois da publicidade
Wright, dos Centros Americanos para Cuidados Médicos e Assistência Médica, que monitora a segurança de pacientes, disse que ainda não recebeu uma reclamação direta dos enfermeiros e, portanto, não foi decidido se a agência iniciará uma investigação sobre as denúncias.