Cotidiano
A Defesa Civil e a Polícia Civil já consideram praticamente certo que um vazamento de gás natural tenha causado a explosão no apartamento ocupado pelo alemão Markus B. Maria Müller
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A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) abriu processo administrativo para apurar a responsabilidade da CEG, empresa fornecedora de gás natural no Estado do Rio, na explosão que ocorreu nesta terça-feira, 18, no Edifício Canoas, em São Conrado, zona sul da capital.
De acordo com o presidente da agência, José Bismark de Souza Vianna, uma equipe da Agenersa realizou, ontem mesmo, uma inspeção na tubulação de gás do prédio e vai aguardar o laudo dos peritos da Polícia Civil do Rio, que vai determinar as causas do incidente. Caso seja verificada negligência da CEG, a empresa pode ser multada. Vianna, entretanto, ressalta que a agência ainda não tem nenhuma conclusão sobre a ocorrência.
A Defesa Civil e a Polícia Civil já consideram praticamente certo que um vazamento de gás natural tenha causado a explosão no apartamento ocupado pelo alemão Markus B. Maria Müller, que está internado em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto, com queimaduras em metade do corpo.
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"Podemos dizer que tem muita possibilidade de ser gás realmente" afirma Vianna. Ele destaca, entretanto, que a proporção do estouro, que fez desabar teto e chão de cômodos de quatro apartamentos e envergou portas de elevadores, é "excepcional".
"Nunca tínhamos vivenciado uma explosão dessa magnitude com gás natural. Tem que ter um acúmulo de gás excepcional para causar um estrago desse tamanho. É estranho para o padrão de incidentes envolvendo gás", explicou.
Ainda assustados com os estragos da explosão, os moradores do edifício foram autorizados a entrar em seus apartamentos por volta do meio-dia desta terça-feira para pegar mais pertences e objetos pessoais. O prédio segue interditado.
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A expectativa é que a Defesa Civil libere o retorno definitivo dos moradores na quarta-feira, segundo o subsindico do prédio, José Andreata. "O clima ainda é de apreensão porque não se sabe ainda o nível de dano geral", disse o professor universitário que mora no quarto andar do edifício de 19 andares. "Já se sabe que a estrutura do prédio não foi alterada", contou Andreata, que há 38 anos mora no local.