Cotidiano

Aeroporto de Guarujá somente em 2016

As obras começarão após etapas de estudos ambientais e processo licitatório. A estimativa é que o aeroporto atenda ao turismo, pequenas cargas, manutenção de aeronaves, entre outras

Carlos Ratton

Publicado em 03/12/2013 às 20:57

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Em 2016, o morador da Baixada deverá dispensar Cumbica e Congonhas para embarcar no Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá. A outorga foi assinada hoje (2), às 12h55, pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC) Wellington Moreira Franco.

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Para o início da construção do equipamento, será necessário primeiro desenvolver os estudos e obter as licenças ambientais, processo que levará cerca de um ano. Em seguida, será aberto o processo licitatório, que deverá durar, pelo menos, mais 12 meses.

A solenidade ocorreu no Núcleo da Base Aérea de Santos, com a participação da prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB) e diversas autoridades militares e civis, entre elas o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), o de Praia Grande, Alberto Mourão (PSDB), o de Bertioga, Mauro Orlandini (DEM) e a de Peruíbe, Ana Preto (PTB).

Agora, Guarujá está autorizada a trabalhar o empreendimento, cujo modelo de concessão levará ainda 150 dias para ser escolhido e encaminhado à SAC. A prefeita de Guarujá admitiu que o custo pode ser superior aos R$ 80 milhões previstos anteriormente. “Podemos receber um pouco mais”, disse após a solenidade.

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Moreira Franco enfatizou que uma das condições exigidas é que a SAC acompanhe o desenvolvimento do empreendimento. “É muito mais difícil ter o aeroporto operando de forma adequada do que a obra física propriamente dita. Neste sentido, a operação tem que ser eficaz não só para os passageiros, mas também para o transporte de cargas”, revelou, alertando que o Governo Federal está com 270 reformas em aeroportos, atingindo R$ 7 bilhões em investimentos.

Temer e Franco entregam outorga à Antonieta (Foto: Luiz Torres/DL)

Ele ainda acenou para a possibilidade do aeroporto ter uma finalidade diferente da esperada pela Baixada. “Temos uma programação de utilização de aeroportos em três vertentes: segurança, atendimento a passageiros e outra para cargas. Esse planejamento ainda está sendo realizado e só assim vamos definir a função e o papel de cada sítio (lugar)”, disse.

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O vice-presidente Michel Temer garantiu que o Governo Federal enviará recursos para a infraestrutura do aeroporto, visando uma integração com o Porto e com a malha rodoviária. “O turismo de negócios também deverá ser aquecido”, acredita.

O Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá deverá atender o Porto de Santos e as futuras bases administrativas e operacionais das empresas que atuarão no segmento de petróleo e gás na Bacia de Santos, em decorrência do pré-sal.

Ano passado, a Prefeitura de Guarujá tomou posse da área destinada à construção do aeroporto. A área tem aproximadamente 2,8 milhões de metros quadrados. A autorização de cessão da área para a Prefeitura foi expedida pelo comandante da Aeronáutica e publicada no Diário Oficial da União (DOU).

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A estimativa é que o aeroporto de Guarujá atenda ao turismo de passeio e de negócios, pequenas cargas, manutenção de aeronaves, aviação offshore e executiva, além de atividades correlatas. Também disponibilizará voos comerciais regionais, que terão como destino, principalmente, as cidades do interior e algumas capitais como o Rio de Janeiro.

A previsão inicial é de que sejam criadas cerca de 500 vagas de empregos para a construção e cerca de mil empregos, diretos e indiretos, na futura operação. O local contará com um terminal de passageiros, com capacidade para 500 mil pessoas por ano, um estacionamento com até 300 vagas de veículos, um pátio de aeronaves para até quatro estacionamentos simultâneos, vias de acesso interno e de serviço, além de áreas para hangares.

Participaram também da solenidade os deputados federais Beto Mansur (PP), Protógenes Queiroz (PC do B), a deputada estadual Telma de Souza (PT) e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Skaf, além de vereadores e empresários.

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