Cotidiano
Novo terminal aéreo vai impulsionar economia do Litoral de SP, mas levanta preocupações sobre impactos ambientais, infraestrutura e sustentabilidade financeira
O Aeroporto de Guarujá foi projetado para atender aeronaves do tipo 2C (ATR 72) e contará com pista de 1.390m x 45m / Divulgação/PMG
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O Aeroporto Civil Metropolitano de Guarujá, atualmente em construção, promete transformar a dinâmica econômica e social do Litoral de São Paulo. Com investimentos superiores a R$ 40 milhões, a iniciativa visa impulsionar o turismo, gerar empregos e melhorar a infraestrutura regional.
Nesta segunda-feira, dia 14, a primeira etapa de obras foi entregue à população pelo prefeito Farid Madi, com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. A entrega contempla a reforma e adequação da pista de pousos e decolagens, as pistas A, B e C de taxiamento e o sistema de drenagem do aeroporto.
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“A nossa expectativa é receber vôos executivos já nos próximos dias, já para a aviação geral, de companhias aéreas, nós esperamos que seja no próximo ano”, anunciou o ministro Costa Filho.
Com mais cautela, o prefeito Farid evitou dar prazos para o início da operação comercial do aeroporto, mas confirmou que vôos particulares poderão usar a nova pista com a devida autorização da Aeronáutica.
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O Aeroporto de Guarujá representa uma oportunidade significativa para o desenvolvimento da Baixada Santista, com potencial para impulsionar o turismo, gerar empregos e melhorar a infraestrutura regional. No entanto, é essencial que os desafios ambientais, sociais e econômicos sejam cuidadosamente gerenciados para garantir que os benefícios sejam sustentáveis e equitativos para toda a comunidade. Vamos entender:
A expectativa é que o aeroporto fortaleça o turismo na região, facilitando o acesso de visitantes e promovendo eventos corporativos e esportivos. Segundo o secretário estadual de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena, o terminal é um investimento que reforça a visão de turismo sustentável e conectado.
O projeto criou cerca de 200 empregos diretos na fase inicial, com potencial de expansão conforme o aeroporto se desenvolve. A Prefeitura de Guarujá destaca que o empreendimento será fundamental para alavancar a geração de empregos e a economia local.
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As obras incluem a reestruturação viária da Avenida Áurea Gonzales de Conde, com investimentos em drenagem, pavimentação e acessibilidade. Essas melhorias visam facilitar o acesso ao aeroporto e beneficiar a mobilidade urbana.
A construção e operação do aeroporto podem afetar áreas de preservação ambiental, como a Serra do Guararu e a Serra de Santo Amaro. A Prefeitura de Guarujá tem adotado medidas para preservar esses espaços, mas o equilíbrio entre desenvolvimento e conservação ambiental será um desafio contínuo.
O aumento no fluxo de turistas e residentes pode sobrecarregar os serviços públicos, como saúde, segurança e transporte. Será necessário um planejamento estratégico para garantir que a infraestrutura urbana acompanhe esse crescimento.
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A viabilidade econômica do aeroporto dependerá da demanda por voos e da capacidade de atrair companhias aéreas. Embora empresas como Gol e Azul tenham demonstrado interesse, a manutenção de operações regulares exigirá uma gestão eficiente e parcerias sólidas.